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Abuso de crianças e homofobia são preocupações no Carnaval, diz ministra

Alex Rodrigues

Da Agência Brasil, em Brasília

18/02/2012 17h43

A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, visitou hoje (18), em Brasília (DF), a central de atendimento do Disque Direitos Humanos – Disque 100. A visita, segundo a própria ministra, faz parte das atividades da Campanha Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, lançada na última quinta-feira (16), em Salvador.

Em função do carnaval, o atendimento foi reforçado, com o reescalonamento dos plantões dos 450 atendentes, analistas, supervisores e monitores de atendimento. A maior preocupação deste período é com as crianças e adolescentes, que ficam mais vulneráveis esta época do ano.

“É muito importante que os conselhos tutelares e a base da rede de proteção estejam funcionando devidamente para que possamos atender às denúncias aqui na central e fazer que a pessoa seja atendida e protegida na cidade de onde partiu a denúncia”, disse a ministra, acrescentando que o objetivo do serviço é “garantir que a violência cesse”.

Mantido pela secretaria, o serviço é responsável por receber – 24 horas por dia e gratuitamente – as denúncias de violações aos direitos de crianças, adolescentes, idosos, portadores de deficiências físicas e de grupos em situação de vulnerabilidade feitas por meio do telefone 100.

Entre maio de 2003, quando foi criado, e dezembro de 2010, quando a secretaria restruturou o serviço, o Disque 100 já recebeu, examinou e encaminhou aos órgãos responsáveis mais de 145 mil denúncias.

Em 2011, no entanto, o número de denúncias recebidas quase triplicou em relação a 2010, saltando de 30.544 para 82.281. Segundo o ouvidor nacional dos Direitos Humanos, Bruno Renato Teixeira, o aumento é reflexo direto do aumento da capacidade do Disque 100 de acolher denúncias e de o serviço ter passado a ser mais divulgado.

Há também, durante os festejos carnavalescos, uma maior atenção em relação aos crimes de homofobia. “Qualquer denúncia será recebida como nos outros dias, mas estamos mais atentos às denúncias envolvendo crianças e adolescentes e casos de homofobia por sabermos que há uma alta vulnerabilidade neste momento”, explicou a ministra.