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Investigações sobre morte de menina por jet ski dependem de laudo da perícia, diz delegado seccional

A menina Grazielly Almeida Lames, de 3 anos, que morreu ao ser atingida na cabeça por um jet ski desgovernado na praia de Guaratuba, em Bertioga, no litoral paulista, no dia 18 de fevereiro - Reprodução/Youtube
A menina Grazielly Almeida Lames, de 3 anos, que morreu ao ser atingida na cabeça por um jet ski desgovernado na praia de Guaratuba, em Bertioga, no litoral paulista, no dia 18 de fevereiro Imagem: Reprodução/Youtube

Fernando Mendonça

Do UOL, em Santos (SP)

06/03/2012 18h29Atualizada em 06/03/2012 19h32

O delegado seccional de Santos, Rony da Silva Oliveira, afirmou nesta terça-feira (6) que vai aguardar o laudo do jet ski que atropelou e matou uma menina de três anos em Bertioga (litoral de SP), no dia 18 de fevereiro, antes de concluir o inquérito. De acordo com Oliveira, o laudo fica pronto em no máximo duas semanas. No acidente ocorrido no último dia 18, Grazielly Lames, 3, morreu ao ser atingida pelo jet ski pilotado por um adolescente de 13 anos.

O caso foi remetido para a Seccional de Santos depois de a delegacia de Bertioga finalizar a investigação sem indiciar ninguém. O delegado-geral da Polícia Civil do Estado de São Paulo, Marcos Carneiro Lima, interveio e encaminhou o caso para Santos.

Segundo o delegado seccional, o inquérito foi para Santos “porque o delegado de Bertioga estava muito abalado e porque, como ser humano, ele tem o direito de descansar”.

“Tudo o que deveria ter sido feito, foi feito. Aqui temos melhores condições técnicas e mais recursos humanos para investigar”, definiu Oliveira, que classificou o caso como “extremamente grave e triste”.

Para Oliveira, o laudo pericial do jet ski, com mais de 100 páginas, será imprescindível no curso das investigações. Sobre depoimentos, porém, o policial considerou não ser necessário ouvir novamente quem já depôs, mas disse que outras pessoas deverão ser chamadas a falar. O inquérito tem prazo de 30 dias para ser concluído, a partir do último dia 22, quando foi instaurado.

Falta de indiciamento

Na última segunda (5), o delegado titular da Polícia Civil de Bertioga, Maurício Barbosa, que comandou as investigações do caso, informou que havia concluído o inquérito e que ninguém seria indiciado.

O jet ski era dirigido por um adolescente de 13 anos, que, após o acidente, fugiu do local com a ajuda de adultos. No inquérito de Bertioga, o adolescente foi citado como responsável pelo acidente. O documento seria encaminhado hoje ao Ministério Público e à Vara da Infância.

 Ao longo do inquérito de Bertioga, foram ouvidas dez testemunhas, além dos pais e de um tio de Grazielly, dos pais do menor que provocou o acidente e de seus padrinhos, donos da casa onde o menino estava hospedado e do jet ski dirigido por ele.

Outro menor, que estava na garupa, ainda prestará depoimento em Mogi das Cruzes (SP), onde mora com os pais. O jet ski que atropelou e matou Grazielly está sendo periciado, e o laudo deve estar pronto em aproximadamente três semanas.

O caso

Grazielly Almeida Lames, que visitava o mar pela primeira vez, brincava com a mãe na área rasa da praia quando o jet ski a atingiu na cabeça. Ela foi levada de helicóptero ao Hospital Municipal de Bertioga, com traumatismo craniano, mas chegou já morta. O adolescente suspeito de dirigir o jet ski fugiu do local sem prestar socorro.

Local do acidente

  • Arte UOL

    A praia de Guaratuba fica em Bertioga, no litoral norte de São Paulo