Topo

Enfermeira e dentista fazem papel de médicos em unidades de saúde de Luziânia (GO)

Rafhael Borges

Do UOL, em Goiânia

10/04/2012 16h58

Na ausência de ginecologistas e pediatras em unidades de saúde em Luziânia (196 km de Goiânia), no entorno do Distrito Federal, uma dentista e uma enfermeira tentam suprir a falta de especialistas e realizam serviços que só poderiam ser executados por médicos.

A auxiliar de serviços gerais Ivanice de Lima, grávida de oito meses, não conseguiu continuar o pré-natal como deveria. “No estado em que eu estou não consigo ir para muito longe, e na unidade de saúde nem sempre tem gente para atender, só a enfermeira, que vive ocupada.” Ela vem sendo atendida na Unidade de Saúde Básica de Luziânia do Jardim Ingá.

Segundo afirma o secretário de Saúde da cidade, Felipe Alves, a estrutura atual no município não permite deslocar profissionais para cada local e demanda criada, mas que uma médica foi contratada e deve começar a atuar ainda esta semana em um dos postos de saúde.

Alves afirma que a remuneração dos médicos pode chegar a R$ 8.000 para 40 horas de trabalho, mas que, mesmo assim, poucos se oferecem para o cargo. “E quando um deles sai, não conseguimos contratar outro em menos de 15 dias, o que compromete o serviço em todos os lugares.”

A previsão da prefeitura é regularizar a situação nos próximos três anos, mas sem previsão de como deve ser o cronograma de contratação e melhoria no sistema de saúde municipal de Luziânia. Enquanto a medida não se confirma, medidas paliativas serão tomadas, informa o Executivo municipal.

Luziânia tem 11 unidades de saúde, 14 clínicas hospitalares e um hospital regional.