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Morte "misteriosa" de árvores em condomínio de luxo intriga polícia de São José do Rio Preto (SP)

Placa indica entrada de condomínio onde oitizeiras morreram "misteriosamente" em S. J. do Rio Preto (SP) - Ellen Lima/UOL
Placa indica entrada de condomínio onde oitizeiras morreram "misteriosamente" em S. J. do Rio Preto (SP) Imagem: Ellen Lima/UOL

Ellen Lima

Do UOL, em São José do Rio Preto (SP)

11/05/2012 08h12

A morte de sete árvores oitizeiras que tinham mais de 30 anos de idade e cerca de dez metros de altura cada uma em um condomínio de luxo de São José do Rio Preto (443 km de São Paulo) virou caso de polícia.

O “mistério” ocorreu no condomínio Débora Cristina, região sul da cidade, e até agora a polícia não tem explicação para o que pode ter causado o ressecamento repentino das árvores.

No final do ano passado, as oitizeiras secaram e morreram. Um morador do condomínio suspeitou que alguém poderia ter aplicado algum tipo de veneno nos troncos de forma intencional.

Moradores do condomínio dizem que a vizinha da residência onde estão as oitizeiras reclamava constantemente do volume de folhas que caíam em sua piscina, provenientes das árvores. A vizinha diz não ter nada a ver com o caso.

O condomínio foi multado em R$ 2.500 pela Polícia Ambiental por se tratar de uma espécie de árvore em extinção. A síndica registrou boletim de ocorrência, e a Polícia Civil foi acionada.

Desde então o caso vem sendo investigado, e cinco meses já se passaram desde que o inquérito foi instaurando pela delegacia do 5º Distrito Policial, comandado pela delegada Luciana de Almeida Carmo.

Arquivamento

A polícia técnica enviou para análise material coletado no tronco das árvores. O laudo, porém, não comprova o uso de veneno, apenas confirma que elas morreram de causa desconhecida.

Segundo a delegada declarou ao UOL, o caso pode ser arquivado por falta de provas. “Não temos um suspeito. Ninguém informa quem pode ter envenenado as árvores nem suspeita do que pode ter acontecido com elas”, disse.

O inquérito será concluído após a oitiva do policial ambiental que lavrou a ocorrrência. O documento será encaminhado à 5ª. Vara Criminal de São José do Rio Preto. Se o juiz entender que houve crime, deve enviar o processo para o Ministério Público apresentar (ou não) denúncia.