Metroviários fazem paralisação e deixam 180 mil sem o serviço no Rio Grande do Sul
As 17 estações do trem na região metropolitana de Porto Alegre amanheceram fechadas nesta segunda-feira (21). Cerca de 180 mil pessoas que utilizam o serviço diariamente devem ser afetadas pela paralisação feita pelo Sindimetrô-RS (Sindicato dos Trabalhadores em Empresa de Transporte Metroviários e Conexas do Rio Grande do Sul).
Os funcionários se reuniram na sede da Trensurb para uma assembleia nesta manhã. A categoria exige reajuste salarial de 21,5% e pede providências em relação ao serviço terceirizado de empresas que fazem a manutenção da linha férrea e das estações.
Na sexta-feira (18), o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região determinou o pagamento de multa caso não haja funcionamento dos serviços da companhia de trens em horários de pico – das 5h30min às 8h30min e das 17h30min às 20h30min. O valor é de R$ 70 mil por horário.
Os usuários do Trensurb que chegam às estações se deparam com o aviso “Atenção, estação fechada”. Filas já estão se formavam nos pontos de ônibus no início da manhã. Com a paralisação, o transporte feito entre quatro cidades da região metropolitana e a capital deve ser feito por coletivos. A Metroplan (Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional) aumentará a frota de 195 para 495 veículos.
Esse acréscimo deve provocar ainda mais congestionamento nos já frequentes transtornos verificados diariamente na BR-116, que cruza a Grande Porto Alegre.
A Trensurb afirma que apresentará uma proposta aos grevistas ainda esta semana. A paralisação, que deve durar 24 horas, foi aprovada no final na semana passada e modificou os planos de inauguração de dois novos trechos de ampliação da linha até a cidade de Novo Hamburgo (35 quilômetros de Porto Alegre), no Vale do Sinos. A cerimônia, que deve contar com a presença da presidente Dilma Rousseff, ainda não teve nova data definida.
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