Greve de caminhoneiros ameaça abastecimento no Rio, diz sindicato; Ceasa tem aumento de preços
A Associação de Supermercados do Rio de Janeiro (Asserj) afirmou nesta terça-feira (31) que a continuidade da greve dos caminhoneiros --que há três dias realizam um protesto bloqueando diversos pontos da rodovia Presidente Dutra (BR-116)--, fará com que faltem alimentos nas prateleiras dos supermercados fluminenses. Os estabelecimentos podem ser afetados já a partir desta quarta-feira (1º), segundo o sindicato.
De acordo com o presidente da Asserj, Aylton Fornari, cerca de 80% dos alimentos que abastecem os supermercados em todo o Rio são procedentes de outros Estados. "Estamos muito preocupados. O governo tem que agir logo. Esse é um problema sério. Se isso não se resolver hoje, a partir de amanhã começa a ter problemas no Rio de Janeiro", afirmou ele.
A Associação Comercial dos Produtores e Usuários da Ceasa Grande Rio (Acegri) também solicitou a intervenção do governo estadual. O sindicato afirma que muitas cargas de alimentos perecíveis estão nos caminhões parados na Dutra --via que liga o Rio de Janeiro a São Paulo--, e os mesmos provavelmente já estragaram.
Segundo o Ceasa, produtos como batata, cenoura, limão, e tomate já estão em falta, o que acarretou aumento nos preços. Uma saca de 50kg de batata, por exemplo, que é vendida geralmente a R$ 40, atualmente está sendo comercializada por R$ 100 --um aumento de cerca de 150%.
O congestionamento na Dutra chega a 19 km no sentido Rio (a partir de Resende) e 12 km no sentido São Paulo, segundo boletim da concessionária Nova Dutra. Há cinco pontos de bloqueios onde o trânsito só está fluindo pela faixa da esquerda.
Nesta segunda-feira (30), a categoria realizou bloqueios em ao menos seis Estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os caminhoneiros protestam contra as mudanças recentes implementadas pelo governo federal para o setor de transporte rodoviário.
Entre as medidas criticadas pelos caminhoneiros está a instituição do cartão-frete, que formaliza a contratação de motoristas autônomos; e a lei que controla a jornada de trabalho da categoria. A mobilização não tem apoio de sindicatos da categoria.
Representantes estão reunidos com o ministro dos Transportes, Paulo Passos, em Brasília, para tentar resolver o impasse.
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