Terceiro caso na mesma semana, cão que brigou com porco-espinho no MS passa bem
Passa bem o cão Boby, da raça doberman, que nesta quinta-feira (23) travou uma briga com um porco-espinho em um sítio do distrito de Indápolis, município de Dourados, a 220 km de Campo Grande (MS). Nesta semana, foram registrados três confrontos de cachorros com bichos silvestres, em um deles, o porco-espinho morreu.
Boby estava numa mata próxima a casa, onde costumava caçar, segundo o dono. Ao retornar ferido, o animal foi levado para uma clínica da Universidade da Grande Dourados (Unigran). Lá, foram retirados em torno de mil espinhos do cachorro, procedimento que durou ao menos três horas.
Veterinários retiram espinhos de cão da raça doberman que brigou com porco-espinho em Dourados (MS); foi o 3º caso na mesma semana
O veterinário Dheywid Karlos Mattos disse que o trabalho foi vagaroso porque eles temiam que um dos espinhos quebrasse antes de ser retirado. “Tivemos de ter muito cuidado na retirada para evitar que algum espinho quebrasse e ficasse preso dentro do corpo do animal, isso poderia ocasionar uma infecção”, disse o veterinário. Boby retornou para a casa e se recupera dos ferimentos.
Outros casos
Ainda esta semana, na madrugada de terça-feira (21), em São Gabriel do Oeste, a 133 km de Campo Grande, o pit bull Lampião também se feriu em uma briga com um porco-espinho, que fugiu após o confronto.
Éderson Vagner, dono do cachorro, disse que soube da briga por meio da ligação da avó, que ouviu latidos de Lampião. Ele disse ter se assustado ao ver o animal machucado por todo o corpo.
Levado até uma clínica veterinária, Vagner afirmou ter assistido o atendimento e calcula que seu cão levou cerca de 2.000 espetadas.
Já na segunda-feira (20), em Coxim, cidade a 243 km de Campo Grande, outro pit bull enfrentou um porco-espinho que invadiu uma oficina, vigiada pelo cachorro.
Alcides Tadeu Queiroz Moura, dono do cão, só ficou sabendo da briga no dia seguinte, quando vizinhos o procuraram para avisar que o corpo do cão estava recheado de espinhos.
A oficina fica à beira da rodovia e o dono disse que seu pit bull já havia espantado outros animais invasores.
Levado para a clínica, o pit bull foi sedado e da pele dele, principalmente do focinho, foram retirados em torno de mil espinhos, segundo o dono.
Na manhã seguinte, o porco-espinho foi achado perto da rodovia por policiais miliares ambientais, que pensaram tratar-se de um atropelamento. No entanto, logo descobriram que o bicho era o mesmo que havia enfrentado o pit bull.
O porco-espinho foi levado para a sede do Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande, mas morreu durante o trajeto. O esqueleto do bicho será usado em ensinos de Educação Ambiental preparados pela Polícia Militar Ambiental.
Mato Grosso do Sul enfrenta um período de estiagem e de queimadas, o que pode motivar a fuga dos bichos para os centros urbanos, atrás de alimentação. O porco-espinho é um roedor de pequeno porte, mede em torno de 60 centímetros, fora a cauda, com tamanho que alcança 30 centímetros. Ele transita à noite, quando sai para se alimentar, principalmente de folhas. O espinho do silvestre mede cerca de 10 centímetros e só se desprende do corpo em circunstâncias de ataques.
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