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Babá acusada de torturar bebê de um ano e dez meses é presa no Maranhão

Aliny Gama

Do UOL, em Maceió

31/10/2012 15h54

Uma mulher de 21 anos está sendo acusada de torturar um bebê de um ano de dez meses enquanto tomava conta da criança, na semana passada, em São Luís. A acusada Maria da Conceição Costa Galvão, 21, vai responder pelo crime de tortura, sem direito a fiança, e já está presa no complexo penitenciário de Pedrinhas.

Segundo a denúncia dos pais do bebê, o menino teve os braços mordidos pela babá, e outra funcionária da casa tentou esconder os hematomas ao colocar gelo no local. A casa da família do bebê tem sistema de monitoramento de vídeo, e a família, ao observar as manchas no corpo da criança, foi analisar as imagens.

Nessa terça-feira (30), a mãe do bebê, que pediu para ter a identidade preservada, denunciou a acusada à polícia, e a babá foi presa. Em depoimento à DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), Maria da Conceição confessou que as marcas de mordidas nos braços do bebê foram originadas “quando estava brincando com a criança”.

Igliana Freitas, delegada do DPCA, afirmou que em depoimento a babá confessou as agressões, mas justificou como “sendo uma brincadeira.” “Nenhuma brincadeira faz um machucado daqueles, e que brincadeira é essa de morder a criança?”, disse a delegada.

A babá foi presa e já está no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, na capital maranhense, à disposição da Justiça. A mulher vai responder pelos crimes de tortura e pode pegar até quatro anos de prisão.

As agressões filmadas pelas câmeras mostraram que, além de Maria da Conceição, outras duas mulheres que trabalhavam na casa presenciaram o crime e nada fizeram. Nas imagens, após ser agredido, o menino mostra as mordidas a Graciene Moreira e Eudilene Sousa Miranda.

Elas também já prestaram depoimento à polícia e vão responder em liberdade pelos crimes de tortura e omissão. As penas variam de um a quatro anos de reclusão.

Segundo a polícia, após ver as agressões, Graciene pegou gelo para colocar nos hematomas do bebê. A acusada afirmou que não quis esconder os hematomas, e sim aliviar as dores que a criança estava sentindo na hora, mas também não denunciou aos pais do menino o ocorrido.

O UOL tentou contato com as acusadas, mas não conseguiu. Elas ainda não constituíram advogados ou defensor público para atuar no caso.