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Polícia do MA prende suspeito de integrar de grupo acusado de 136 assassinatos no Norte e Nordeste

Do UOL, em Maceió

05/11/2012 18h41

A Polícia Civil do Maranhão apresentou, nesta segunda-feira (5), um homem preso suspeito de integrar um grupo de extermínio que seria responsável por pelo menos 136 assassinatos no Norte e Nordeste do país.

Mauro Reis Coelho, 40, conhecido como “Mauro Pulan”, seria integrante de um grupo de extermínio do Pará conhecido como "Liga da Justiça." Ele foi preso na noite da ultima quinta feira, (1º) pela PRF (Polícia Rodoviária Federal), na BR-135. Ele foi autuado na Delegacia de Itapecuru Mirim (a 118 km de São Luís) e trazido para a capital maranhense.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informa que, segundo investigações da PRF, há “indícios fortíssimos” de que foram bem mais de 136 assassinatos pelo grupo. A polícia maranhense informou que não descarta que o número de homicídios seja maior e investiga se outros assassinatos no Maranhão podem ser atribuídos à quadrilha.

Segundo a polícia, no momento da prisão, Pulan estava com um revólver pertencente à Secretária de Segurança Pública do Rio Janeiro e uma carteira falsa de policial militar do Pará. Ele será encaminhado para Penitenciária de Pedrinhas.

O superintendente de Polícia Civil no Interior do Maranhão, Jair Lima de Paiva, afirmou que Pulan é um considerado um “criminoso perigoso.”

“Vamos fazer uma investigação de forma minuciosa para concluir a passagem dele no Estado do Maranhão. Logo após iremos encaminhar ao Poder Judiciário, que deve concluir todos os procedimentos”, disse.

O grupo

Segundo a polícia, a "Liga da Justiça" é um dos grupos mais atuante do crime no Pará e ramificação em outros estados.
Em 2008, por exemplo, o grupo de extermínio era formado por 21 integrantes --12 deles presos na Operação Navalha na Carne, da Polícia Civil do Pará. Policiais militares também são investigados de participação do grupo.

Na época, o grupo foi denunciado pelo Ministério Público Estadual, pelos crimes cometidos.        

Além de assassinatos, o grupo também seria responsável por outros crimes como extorsão, latrocínio, associação para o trafico, comércio ilegal de entorpecentes, comercio ilegal de armas, falsidade ideológica, exploração de jogos de azar, sequestro e formação de quadrilha.