Soldado que borrifou spray de pimenta em cão na Rocinha é absolvido pela PM do Rio
O soldado da Polícia Militar do Rio de Janeiro que borrifou spray de pimenta em um cão na favela da Rocinha, na zona sul da cidade, em maio deste ano, foi absolvido pela Corregedoria da corporação. A conclusão do processo administrativo disciplinar é de que o agente agiu em sua própria defesa, já que o animal ameaçava mordê-lo.
Segundo o relatório do caso, a cadela estava agressiva porque teria perdido os filhotes há pouco tempo --o animal não sofreu consequências mais graves em função da atitude do policial, lotado na UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha.
O caso ganhou repercussão nas redes sociais depois que o jornal "O Globo" publicou uma foto que mostra o momento em que o PM utiliza o spray de pimenta contra o cão. Na versão do soldado, que estava acompanhado de outros PMs durante patrulhamento da favela, o cachorro "simbolizava uma ameaça à integridade física dos policiais".
Na ocasião, a Rocinha vivia uma fase de insegurança e tensão em função de sucessivos confrontos envolvendo policiais e grupos de traficantes que tentavam retomar as bocas de fumo da comunidade. Seis meses antes, as forças de segurança ocuparam a favela da zona sul do Rio sem nenhum tiro disparado.
Entre os meses de fevereiro e abril deste ano, a Polícia Civil registrou mais de dez assassinatos, entre os quais a do líder comunitário Vanderlan Barros, o Feijão.
Em setembro, a Secretaria Estadual de Segurança Pública inaugurou a sede da UPP da Rocinha, que hoje conta 700 policiais responsáveis por patrulhar uma área de mais de 800 mil metros quadrados. Oito bases avançadas foram fixadas em pontos estratégicos.
Em nota divulgada nesta quinta-feira (8), a Polícia Militar observou que "o emprego do gás de pimenta (arma não-letal) como instrumento de controle de distúrbio e de afastamento é comum em todo o mundo". Ainda na versão da PM, nos Estados Unidos, "carteiros incorporaram ao seu equipamento de proteção individual um frasco do spray, exatamente para conter animais que atacam".
"Naquele país, são feitas campanhas com proprietários de animais para que entendam a necessidade de os profissionais se defenderem desta forma", completa a nota da PM.
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