Polícia diz que atentados em SC são comandados dos presídios; governador determina reforço no policiamento
Renan Antunes de Oliveira
Do UOL, em Florianópolis (SC)
14/11/2012 14h50
A PM de Santa Catarina mudou a posição oficial sobre a autoria dos 24 atentados a policiais e ônibus ocorridos nas últimas 48 horas em seis cidades do Estado.
Segundo a coronel Claudete Lehnkuhl, do Centro de Comunicação Social da Polícia Militar, grupos criminosos isolados estão cumprindo uma ordem da bandidagem de intimidar o Estado. O setor de inteligência está tentando identificar de onde partem as ordens para os ataques.
Veja também
O delegado geral da Polícia Civil, Aldo Pinheiro, disse que "os ataques são coordenados por um grupo de presidiários", sem detalhar "para não atrapalhar as investigações".
leia mais
-
Clique para acessar conteúdo externo
Grande Florianópolis registra onda de atentados à polícia durante a madrugada -
Clique para acessar conteúdo externo
Santa Catarina anuncia força-tarefa para impedir chegada de onda de violência ao Estado -
Clique para acessar conteúdo externo
PM de Santa Catarina reforça segurança após ataques de criminosos -
Clique para acessar conteúdo externo
Para governo catarinense, atentados em Florianópolis foram 'imitação' de SP -
Clique para acessar conteúdo externo
Em Santa Catarina, bandidos combinam ataques criminosos por meio de mensagens
Até agora, as autoridades catarinenses procuravam tratar os incidentes como casos isolados, à espera de alguma informação que explicasse a origem dos atentados.
Na primeira hipótese do secretário da Segurança, César Grubba, divulgada ontem, os crimes seriam imitação de ações de bandidos paulistas exibidas no "Fantástico" de domingo. O primeiro atentado na região aconteceu na segunda-feira (12) em Florianópolis. O número de ataques e sua distribuição derrubaram tanto a tese de incidentes isolados quanto a do secretário.
Numa reunião na manhã desta quarta-feira no palácio residencial da Agronômica, o governador Raimundo Colombo recebeu das secretarias de Segurança e de Justiça informações atualizadas até as 6h.
Ele afirmou que "os ataques contra o Estado são graves", determinando reforço no policiamento.
A PM cancelou todas as folgas e mandou até pessoal administrativo às ruas.
Segundo a Secretaria de Segurança, já são 36 os presos suspeitos de envolvimento nos ataques, sendo 21 adultos e 15 adolescentes. Dos atentados, 22 foram contra agentes públicos e prédios oficiais e privados.
Os ataques que começaram na segunda-feira (12) em Florianópolis se alastraram para Criciúma, Itajaí, Palhoça, Blumenau, Camboriú e Navegantes. O principal ataque de terça (13) foi o incêndio de um ônibus na praia dos Ingleses no norte de Florianópolis.
A PM está realizando batidas na Comunidade do Siri, próxima dos Ingleses, onde existe forte um ponto de drogas constantemente combatido pelas autoridades.