Polícia prende mulher acusada de falsificar assinaturas de dois juízes e delegado no Maranhão
Uma mulher foi presa acusada de falsificar assinaturas de dois juízes e de um delegado no Maranhão para liberação irregular de carros apreendidos pela polícia que faziam parte de investigação. Um homem também foi preso, no Pará, acusado de receptação de dois dos carros liberados na fraude. As prisões ocorreram nesta quinta-feira (3).
Segundo a Delegacia Regional de Imperatriz, a acusada Pollyana da Silva Araújo, que é funcionária do Icrim (Instituto de Criminalística), foi apontada como a “cabeça” de um esquema que falsificava as assinaturas para liberar carros apreendidos pela polícia e vender para outros Estados.
Os documentos de liberação dos carros continham assinaturas falsificadas do juiz da 3ª Vara Criminal, Ernesto Guimarães Alves, e da juíza da 2ª Vara Criminal, Suely Feitosa, da Comarca de Imperatriz, além da assinatura do próprio delegado regional, Francisco de Assis de Andrade Ramos.
Além dela, um homem foi preso na cidade de Rondon (PA), acusado de receptação de dois veículos do esquema. Segundo a polícia, Leonardo Teixeira Meireles é suspeito de comprar dois carros. “Os carros estavam em uma oficina de Imperatriz para serem recuperados, uma vez que estavam há muito tempo parados e os motores necessitavam de reparos”, disse um investigador da Delegacia Regional de Imperatriz.
Segundo o agente, há suspeita de outras pessoas estarem envolvidas na fraude. “A polícia já tem nomes de outros envolvidos na negociação de venda dos carros.”
Policiais da Delegacia Regional de Imperatriz montaram campana em frente à casa de Teixeira e quando ele chegou ao imóvel foi preso em flagrante. A polícia encontrou uma pistola 380, além de munições. Na tarde desta quinta-feira (3), ele foi transferido para Imperatriz.
A polícia informou ainda que descobriu que quatro carros haviam sido liberados com documentos que continham assinaturas falsificadas --um Audi A4, um Fiat Stilo, um Vectra e um Peugeot 207. Já foram recuperados dois dos quatro carros: o Peugeot e o Vectra, que estavam escondidos em uma oficina de carros no bairro da Vilinha, em Imperatriz. Os outros dois veículos ainda não foram recuperados.
Segundo o delegado regional de Imperatriz, a polícia começou a desconfiar do esquema depois que um policial viu no momento em que o Peugeot foi liberado do pátio do Icrim com um documento que continha a suposta assinatura do delegado. Quando o policial comunicou que havia presenciado a liberação de um carro que estava sendo peça de investigação, a polícia descobriu o esquema e passou a investigar se outros veículos foram liberados da mesma forma.
“Foram apreendidos vários documentos de outros carros que deveriam estar no Icrim. Existe o sumiço até de um caminhão”, disse o delegado Francisco de Assis, destacando que existem outros crimes que estão sendo investigados pela polícia, que já descobriu que houve sumiço de várias armas que estavam apreendidas no Icrim. “Durante o mandado de busca e apreensão, a polícia recolheu vários documentos de automóveis, além de armas e munições na casa da acusada.”
Em depoimento à polícia, os acusados negam envolvimento na fraude. A dupla deve ser indiciada pelos crimes de formação de quadrilha, uso de documento falso, falsificação de documento público e peculato.
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