Família de vítimas de acidente de lancha em Brasília receberá indenização de R$ 400 mil
A Justiça do Distrito Federal condenou nesta quarta-feira (9) o piloto José da Costa Júnior a pagar cerca de R$ 400 mil à família das irmãs Liliane Queiroz Lira e Juliana Queiroz, que morreram em um acidente de lancha. O naufrágio aconteceu na madrugada do dia 22 de maio de 2010, no lago Paranoá, em Brasília.
À época, um grupo de dez pessoas que participava de uma festa em uma casa às margens do lago Norte foi fazer um passeio e, por volta das 3h30, o barco afundou. Duas pessoas conseguiram se salvar, nadando até as margens do lago, e outras seis pessoas foram socorridas pelos bombeiros. As duas irmãs morreram.
A sentença do juiz da 15ª Vara Cível julgou “imprudente e negligente” a atitude do piloto, que embarcou após ingerir bebida alcoólica, não orientou e nem distribuiu coletes salva-vidas que estavam disponíveis na lancha para as pessoas que estavam a bordo. De acordo com os autos o excesso de passageiros foi a causa do acidente – 11 pessoas estavam embarcadas, e a capacidade era para apenas cinco passageiros.
Embora a defesa do piloto tenha alegado que as vítimas eram maiores de idade e não foram obrigadas a embarcar na lancha, o juiz registrou nos autos que José da Rocha é um dos proprietários da embarcação, assumiu a sua pilotagem no dia dos fatos e, por esse motivo, a segurança das pessoas que estavam a bordo era de sua responsabilidade.
Em novembro de 2011, José da Costa Júnior foi condenado pela 7ª Vara Criminal de Brasília por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Nesta decisão, foi fixada a pena de dois anos e 15 dias em regime aberto.
A família das irmãs Queiroz não fez nenhum pronunciamento sobre a indenização. Procurado pela reportagem do UOL, o advogado de Costa Júnior não foi encontrado.
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