Angra dos Reis (RJ) estima prejuízo em R$ 86 milhões; mais de 800 ainda estão fora de casa
A prefeita de Angra dos Reis, Conceição Rabha, anunciou nesta quarta-feira (9) que os prejuízos causados pelas chuvas fortes que atingiram o município na semana passada chegaram a R$ 86 milhões, por isso foi decretada situação de emergência na cidade. Até agora, 440 pessoas estão desabrigadas, cerca de 400 estão desalojadas e 97 imóveis foram totalmente interditados pela Defesa Civil municipal.
Na próxima terça-feira (15), a prefeita vai até Brasília apresentar ao Governo Federal o relatório dos prejuízos decorrentes das chuvas e também encontrará representantes do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para discutir intervenções na rodovia Rio-Santos. Rabha vai apresentar ao Dnit um projeto da Secretaria Estadual de Transportes que prevê a duplicação da rodovia e obras na contenção das encostas da estrada, desde Itacuruçá, em Mangaratiba, até Paraty, para que as obras sejam feitas pelo Departamento.
“Não dá mais para Angra ser manchete de jornal como cidade de risco todo mês de janeiro. Isso prejudica o desenvolvimento econômico do município e a qualidade de vida da população”, disse Rabha, que ainda afirmou que não vai tolerar ocupações irregulares e vai fiscalizar as áreas. “Não adianta a Prefeitura pôr asfalto e iluminação pública em áreas de risco. Não podemos ser permissivos”.
Na terça-feira (8), a prefeitura de Angra decretou situação de emergência na cidade para acelerar obras emergenciais e possibilitar o acesso de algumas famílias atingidas a benefícios, como FGTS e Aluguel Social. Segundo Rabha, a prefeitura vai implementar um programa de regularização fundiária, em bairros como Monsuaba, Frade e Jacuecanga. De acordo com informações da Prefeitura, também são necessárias intervenções em canais e redes de drenagem e esgotamento sanitário para aumentar a segurança nesses locais e acelerar a volta de desalojados as suas casas.
Além das residências interditadas definitivamente, a Defesa Civil tem 318 vistorias em andamento. Segundo a prefeita, é preciso um grande trabalho de conscientização para que as famílias não voltem a ocupar residências que já foram interditadas pela Defesa Civil.
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