Polícia de Alagoas prende estelionatário que se passava por padre e conseguiu R$ 300 mil em dois dias
Um falso padre foi preso, acusado de estelionato e pedofilia, na cidade de Piranhas (270 km de Maceió), na noite dessa segunda-feira (14), quando aplicava golpes ao promover orações na casa de fieis de católicos, no distrito de Piau. O acusado foi preso em flagrante por agentes da 2ª Delegacia de Piranhas após denúncia anônima.
Segundo a Delegacia Regional de Delmiro Gouveia (301 km de Maceió), para onde o alagoano Antônio Rogério Feijó, 39, foi transferido e está preso, ele possui seis mandados de prisão –cinco expedidos pela Justiça de Pernambuco e de Alagoas– todos sob a acusação de praticar golpes e pedofilia.
A polícia informou que Feijó deverá ser transferido para o sistema prisional de Alagoas assim que a delegacia terminar de colher depoimentos sobre as acusações contra ele.
A Delegacia de Delmiro Gouveia informou que o suspeito é acusado de aplicar vários golpes em dois dias na região do sertão de Alagoas e teria conseguido obter R$ 300 mil.
“Ele se passa por padre, advogado, dentista, médico, agenciador de modelos e o que você imaginar para aplicar golpes usando o dom da fala que tem. Ele geralmente consegue aplicar golpes em pessoas que não têm instrução”, disse chefe de operações na Delegacia Regional de Delmiro Gouveia, Flávio Moreira.
Acusações
Segundo a polícia, em um dos mandados de prisão expedidos pela Justiça, em Pernambuco, Feijó é acusado de recrutar jovens para entrarem em uma agência de modelo com contrato de salário de R$ 1.500, mas cobravam taxas de fotos que seriam tiradas para divulgação.
Um outro mandado, o acusado foi denunciado pelo crime de pedofilia. Segundo a polícia, Feijó seduzia adolescentes e induzia a terem relações sexuais, em alguns casos oferecia dinheiro em troca para que as vítimas não contassem às famílias sobre o crime.
Em 2010, Feijó foi detido em Garanhuns (235 km de Recife) acusado de aplicar o golpe do emprego e pedia dinheiro antecipado as pessoas selecionadas para tirar as carteiras de habilitação para ingressarem na sua “empresa”.
Em 2008, Feijó foi preso usando uma batina de padre na cidade do Crato ( 540 km de Fortaleza) e dizia pertencer a arquidiocese de São Paulo. À época da prisão, o acusado alterou a identidade e trocou o sobrenome de Feijó para “Peixoto”.
Devido à quantidade de supostos golpes imputados a Feijó uma pessoa criou um perfil no Facebook com o nome de “Antônio Rogério Feijó Estelionatário”, além de várias fotos para que ajudasse na captura do acusado.
No perfil, a pessoa descreve o acusado como sendo “professor graduado em estelionato, desde 1962 até agora” e “atualmente foragido da polícia, atua como estelionatário nas grandes cidades e a melhor opção para botar em prática seus planos são pequenas cidades de interior.
Os crimes são: lesar, roubar e praticar pedofilia. Indico as pessoas que procurem a polícia com bastante minúcia e cautela, pois o mesmo tem bastante conhecimentos gerais.”
Segundo a denúncia feita na internet, Feijó "costuma se passar por padre em alguns lugares pregando histórias que Jesus incentivou o homem a beber e não proibiu a prática. Já em outros lugares o mesmo se passa por um homem que quer abrir uma empresa e oferece emprego para todos que ele pode colocar em sua lista, logo começa com uma conversa que tem uma herança para receber do pai referente a uma fazenda chamada Aracema e depois aplica o golpe".
Segundo a Delegacia Regional de Delmiro Gouveia, o acusado ainda não constituiu advogado. Em depoimento à polícia ele negou a acusação de pedofilia, mas admitiu alguns crimes de estelionato em Alagoas, Sergipe e Pernambuco.
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