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MP denuncia seis pessoas pelo desabamento de prédio no centro do Rio

Área do desabamento dos prédios na avenida Treze de Maio, no Rio de Janeiro, que completa um ano nesta sexta-feira (25). No dia 25 de janeiro de 2012, três prédios do bairro Cinelândia, no centro da cidade, desabaram por volta das 20h30: um na avenida Treze de Maio, o edifício Liberdade, que tinha 20 andares; um menor, no número 16 da rua Manoel de Carvalho, com 10 andares, chamado Colombo; e um imóvel pequeno, localizado entre os dois edifícios maiores, com quatro andares - Marco Antonio Cavalcanti/UOL
Área do desabamento dos prédios na avenida Treze de Maio, no Rio de Janeiro, que completa um ano nesta sexta-feira (25). No dia 25 de janeiro de 2012, três prédios do bairro Cinelândia, no centro da cidade, desabaram por volta das 20h30: um na avenida Treze de Maio, o edifício Liberdade, que tinha 20 andares; um menor, no número 16 da rua Manoel de Carvalho, com 10 andares, chamado Colombo; e um imóvel pequeno, localizado entre os dois edifícios maiores, com quatro andares Imagem: Marco Antonio Cavalcanti/UOL

Nielmar de Oliveira

Da Agência Brasil, do Rio

24/01/2013 19h38

O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) denunciou, nesta quinta-feira (24), seis pessoas pelo desabamento do Edifício Liberdade --que causou o desabamento de outros dois prédios vizinhos-- na Avenida Treze de Maio, na Cinelândia, centro da cidade, causando a morte de 17 pessoas e deixando outras cinco desaparecidas.

A denúncia ocorre um dia antes de completar um ano do desabamento, nesta sexta-feira 25. Decorrido um ano da tragédia, ninguém foi indenizado e a investigação ainda não foi concluída.

Foram denunciados pelo Ministério Público do Estado, Sérgio Alves de Oliveira, sócio e administrador da empresa TO Tecnologia Organizacional, que estava realizando obras em dois dos andares do prédio; Cristiane do Carmo Azevedo, que também era ligada à TO e era responsável pela fiscalização da reforma; além dos  pedreiros e mestres de obra que trabalhavam no local: Gilberto Figueiredo de Castilho Neto, André Moraes da Silva, Wanderley Muniz da Silva e Alexandro da Silva Fonseca.

Segundo nota do Ministério Público, a denúncia foi feita pelo promotor de Justiça Alexandre Murilo Graça, da 1ª Central de Inquéritos Policiais, que excluiu da denúncia Paulo de Souza Renha, síndico do prédio à época do desabamento. Renha sofria de hipertensão, teve uma parada cardíaca a cerca de um mês e morreu na manhã de hoje.

 

A tragédia

O desabamento aconteceu na noite do dia 25 de janeiro do ano passado, no perímetro formado pelas avenidas Evaristo da Veiga e Almirante Barroso, com a rua Treze de Maio. Embora até hoje não tenham sido localizados os corpos das cinco pessoas desaparecidas: Ana Cristina Faria da Silveira, Sabrina Travassos Serpa Prado, Marcello Rabelo Magalhães de Lima Priscila Montezano e Jokania Bastone Mauro, o Ministério Público admite que “todos os elementos indicam a morte destas pessoas, visto que não se logrou encontrar seus corpos nos escombros”.

No entendimento do MP, “a retirada de diversas paredes do nono andar do edifício, formando um amontoado de entulho, contribuiu para um colapso estrutural, causando o desabamento do prédio e, por consequência, dos outros dois edifícios ali situados”.

Veja o local onde desabaram os prédios no centro do Rio