Ministério da Saúde confirma que 75 feridos em incêndio em boate correm risco de morrer
O Ministério da Saúde confirmou, no início da noite desta segunda-feira (28), que entre os feridos no incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), há ao menos 75 pacientes em estado grave com risco de morte. Os números da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, no entanto, são diferentes, e apontam que dos 129 pacientes que seguem internados, 76 estão em situação crítica e 53 em observação. A tragédia, que aconteceu na madrugada deste domingo (27), deixou 231 mortos.
A maior parte dos pacientes em estado grave (44), segundo o Ministério da Saúde, está internada em hospitais de Porto Alegre. Outros 31 feridos encontram-se em UTIs (unidades de tratamento intensivo) de hospitais de Santa Maria.
Apesar de Santa Maria ter 30 leitos de UTI, os pacientes estão sendo levados aos poucos para Porto Alegre. A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul informou inclusive que sete pacientes em estado grave serão transferidos ainda hoje para a capital gaúcha, pelos aviões e helicópteros da Força Aérea Brasileira.
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Os pacientes em estado mais crítico são, em geral, os que foram intoxicados com a fumaça do incêndio ou sofreram queimaduras intensas. Para este último caso, o Ministério da Saúde pediu ajuda a profissionais de hospitais de referência no Rio de Janeiro e do Paraná, além do Hospital Albert Einstein, de São Paulo.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, entre os 75 casos gravíssimos incluem pacientes que precisam de diálise permanente, medicação para manter a pressão sanguínea e ventilação mecânica, por exemplo. Em dois casos, a situação é tão crítica que as pessoas não puderam ser transferidas de Santa Maria para Porto Alegre, porque não suportariam a viagem.
"Depois da data do incêndio, mesmo pessoas que inicialmente não tiveram nenhum sintoma, começaram a aparecer com sinais de tosse, falta de ar e começaram a evoluir para o que nós chamamos de uma pneumonite química", explicou o ministro, que disse que, hoje, apenas duas pessoas apresentaram os sintomas da intoxicação pela fumaça do incêndio.
Padilha alerta, no entanto, que os casos de pneumonite podem se agravar rapidamente e levar o paciente à morte se não forem tratados. Por isso, pede que qualquer pessoa que esteve na boate no momento do acidente e inalou a fumaça procure uma unidade de atendimento, se vier a se sentir mal. (Com a colaboração de Sofia Mikrute, de Porto Alegre, e com Agência Brasil)
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