Polícia cumpre mandados de busca e apreensão na casa de músicos no RS

Agentes da Polícia Civil do Rio Grande do Sul estão nesta quarta-feira (6) no município de Santa Maria (301 km de Porto Alegre) para buscar provas que ajudem nas investigações sobre o incêndio ocorrido na boate Kiss, na madrugada do dia 27 de janeiro. Só na casa dos músicos da banda Gurizada Fandangueira, nos municípios de Santa Maria e Mata, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão.

O objetivo da coleta de material é verificar se o grupo usava pirotecnia em suas apresentações antes do show que fez na boate Kiss na madrugada do dia 27.

Naquele domingo, segundo depoimento de testemunhas, a fagulha de um artefato acionado no palco pela banda atingiu o revestimento acústico do teto, provocando um incêndio que matou 238 pessoas. O conteúdo das peças apreendidas não foi divulgado pelos policiais.

A previsão é que, no final da tarde de hoje (6), a polícia apresente um balanço das operações. Além do cumprimento dos mandados, os agentes continuam tomando depoimentos de feridos e de outros envolvidos na tragédia. As investigações só devem ser concluídas no final do mês.

O sócio da boate Kiss Elissandro Callegaro Spohr, conhecido como Kiko, já está no presídio de Santa Maria. O empresário já prestou depoimento. Os investigadores não descartam uma nova oitiva, mas, segundo a assessoria da Polícia Civil, o novo depoimento não deve ocorrer esta semana.

O número de mortos por causa do incêndio chegou a 238, segundo balanço divulgado ontem (5) pela Secretaria de Saúde do Estado. Um jovem de 20 anos que estava internado na Santa Casa, em Porto Alegre, teve o óbito confirmado no início da tarde de ontem.

Oitenta e um pacientes continuam internados em hospitais de quatro cidades gaúchas, sendo que 23 deles ainda respiram com a ajuda de aparelhos de ventilação mecânica. Um novo balanço sobre o estado de saúde das vítimas do incêndio deve ser divulgado na tarde de hoje. (Com Estadão Contéudo e Agência Brasil)