Delegado que investigou caso Gil Rugai se diz satisfeito com condenação
O delegado do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) de São Paulo, Rodolfo Chiareli, que investigou o caso Gil Rugai na época dos crimes, se disse satisfeito pela condenação do réu nesta sexta-feira (22) pelos assassinatos do pai, Luiz Carlos Rugai, e da madrasta, Alessandra Troitino, e afirmou que a justiça foi feita.
"Sei que não é o momento nem a ocasião para comemorar, porque duas pessoas foram mortas. Estou muito satisfeito porque mostra uma qualidade do trabalho da polícia no sentido de apurar a verdade, e mostra que eu não tinha nada pessoal contra ele", comentou Chiareli após a condenação.
Chiareli foi uma das cinco testemunhas arroladas pela acusação e prestou o depoimento mais longo de todo o júri com cerca de seis horas de duração. Na ocasião, na última terça-feira (19), o delegado disse "ter certeza absoluta" de que Rugai era o único assassino provável do casal.
Condenação
Após quase nove anos, Gil Rugai foi condenado pelas mortes do pai e da madrasta. A sentença ainda será lida pelo juiz, no entanto, a informação foi confirmada pela assessoria do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). É o magistrado quem faz a dosimetria da pena e decide quantos anos o réu ficará preso pelos crimes.
Segundo o promotor do caso, Rogério Zagallo, quatro jurados votaram pela condenação por duplo homicídio e um pela absolvição --os votos param de ser lidos quando já há maioria--, já o agravante de motivo torpe (supostamente por ter sido demitido da empresa do pai após desfalques) ficou em quatro a três. "Missão dada é missão cumprida", disse o membro do Ministério Público.
Logo após o Conselho de Sentença decidir sobre o caso, o promotor e o assistente de acusação, Ubirajara Mangini, saíram da sala, se abraçaram e comemoraram a condenação. "Saiu a condenação merecida, justa e adequada. Foi feita justiça", disse Zagallo.
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