Bruno chora durante exibição de vídeos sobre a reconstituição do crime de Eliza Samudio
Depois de chorar discretamente ontem, o goleiro Bruno Fernandes foi às lágrimas no salão do júri durante a exibição de vídeos com reportagens e outros materiais referentes ao caso Eliza Samudio.
O momento em que o goleiro mais chorou foi durante a exibição da reconstituição dos crimes contra Eliza Samudio no sítio dele em Esmeraldas (MG). No vídeo, o primo dele Sérgio Rosa Sales reconstitui o crime.
Sergio Rosa Sales era réu do processo que investiga a morte de Eliza Samudio e deveria ir a júri. Ele relatou à polícia como foi o momento da morte da modelo. Em agosto do ano passado, foi morto, em um crime passional sem relação com o caso, segundo a versão da polícia.
Antes de chorar, o goleiro assistiu atentamente aos vídeos. No momento em que foi mostrada uma entrevista em vídeo de Eliza ao jornal "Extra", o goleiro abaixou a cabeça.
Ex de Macarrão diz que ordem para matar Eliza foi de Bruno
Sônia de Fátima Moura, mãe de Eliza Samudio, se sentiu mal durante a exibição dos vídeos e deixou o salão do júri carregada, também chorando muito.
Bruno mudou seu comportamento no júri que ocorre desde segunda-feira (4). Saiu o Bruno olhando por cima e demonstrando uma excessiva autoconfiança, conduta revelada pelo goleiro durante o julgamento de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, que acabou condenado pelo desaparecimento e morte de Eliza Samudio, em novembro do ano passado, e entrou o detento humilde, cabisbaixo. Na segunda-feira (4), o réu aparentou chorar duas vezes.
Nesta terça-feira (5), segundo dia do julgamento do ex-atleta, o réu já havia ensaiado outro choro. Mas as lágrimas não saíram. Foi durante o depoimento de sua “prima-irmã” Célia Aparecida Silva, ouvida como informante na sessão realizada pela manhã.
“Bruno sempre teve vontade de ter um menino. Bruno brincou com ele [o filho dele com Eliza Samudio]. Pegou o menino e ficou com ele no colo”, afirmou a prima-irmã do acusado, descrevendo os últimos momentos em que a ex-modelo foi vista, quando Eliza esteve no sítio do goleiro em Esmeraldas (na região metropolitana de Belo Horizonte). Nesse momento, Bruno levou a mão aos olhos e seu nariz ficou vermelho. Mas não chorou.
Nas quatro horas em que durou a sessão desta manhã, o réu manteve a cabeça baixa. Em alguns momentos, o gesto fazia com que sua cabeça quase alcançasse a altura do joelho. Suas mãos permaneceram cruzadas, entre os joelhos. Nas poucas vezes, em que o ex-goleiro levantou a cabeça foi para conversar com seu advogado, Lúcio Adolfo da Silva. Conversaram durante quatro vezes.
Cerca de um metro separava Bruno de sua ex-mulher Dayanne de Souza, em liberdade e acusada pelo sequestro de Bruninho. Dayanne revelava sua impaciência, mexendo muito na cadeira, cruzando as pernas e mudando de posição a todo momento.
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