Investigador do Denarc de SP preso em operação é solto
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou no início da tarde desta quarta-feira (24) que o policial Rodrigo de Longhi de Mello, do Denarc (Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico), foi solto na noite dessa terça-feira (23) graças a alvará expedido pela Justiça.
Mello estava preso por conta da operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Campinas (94 km de São Paulo) e da Corregedoria da Polícia Civil que investiga suposta relação entre policiais do departamento e traficantes.
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Ao todo, 13 policiais civis --11 de São Paulo e dois de Campinas --foram alvo de pedidos de prisão temporária aceitos pela Justiça. Três deles ainda estão foragidos: Daniel Dreyer Bazzan, Danilo Leonel Rodrigues Santos e Silvio Cesar de Carvalho Videira. Esta semana, um quarto policial foragido, Danilo da Silva Nascimento, se apresentou à Corregedoria da Polícia Civil.
Os policiais são suspeitos de participar de um esquema de cobrança de propina dos criminosos que envolveria, além da corrupção, também crimes como roubo, tortura e extorsão mediante sequestro.
Segundo o Gaeco, o policial solto ontem, investigador, não foi reconhecido por traficantes que se tornaram testemunhas no inquérito. Além de Mello, já foi solto também o delegado Clemente Castilhone Junior, na semana passada. Chefe do setor de inteligência do Denarc, ele era suspeito de vazar informações de inquéritos policiais aos criminosos.
Propina de R$ 300 mil
Ação conjunta da Corregedoria da Polícia Civil e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público investiga 13 policiais --11 da capital e dois de Campinas (SP)-- suspeitos de receberem pagamento mensal de traficantes , além de um valor anual, que chegava a R$ 300 mil.
De acordo com o Ministério Público, os policiais presos irão responder por formação de quadrilha armada, roubo, tortura e extorsão mediante sequestro.
Após a operação, a Secretaria da Segurança Pública divulgou que o Denarc vai passar por reestruturação.
Dos 13 policiais do Denarc investigados, três são acusados pelo assassinato de um jovem, ocorrido em setembro de 2008 em Guarulhos, na Grande São Paulo.
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