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Campo da Fé "não é área de preservação ambiental permanente", diz Paes

Eduardo Paes apresenta balanço de operações após a Jornada Mundial da Juventude - Hanrrikson de Andrade/UOL
Eduardo Paes apresenta balanço de operações após a Jornada Mundial da Juventude Imagem: Hanrrikson de Andrade/UOL

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

29/07/2013 16h16

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), afirmou nesta segunda-feira (29) não existir "qualquer ilegalidade ambiental" em relação ao Campo da Fé, terreno situado em Guaratiba, na zona oeste do Rio de Janeiro, e que recebeu investimentos para sediar os dois principais atos centrais da Jornada Mundial da Juventude, com a presença do papa Francisco.

Para o Ministério Público Estadual, conforme mostrou reportagem da "Folha de S.Paulo", o terreno do Campo da Fé foi montado sobre um aterro clandestino. O prefeito negou a denúncia e disse que "as pessoas deveriam chutar menos e olhar mais os processos", argumentando que todo o trâmite de licenciamento ambiental teria sido divulgado por meio de publicações na imprensa.

O chefe do Executivo carioca ressaltou que a única área de preservação ambiental no terreno em Guaratiba é uma área de manguezal localizada dentro do Campo da Fé, e que teria permanecido "intocada" no decorrer das obras feitas pela Igreja Católica. 

Paes reafirmou a intenção da prefeitura de construir um bairro popular na região para "aproveitar os recursos investidos pela Igreja Católica", e disse que a Arquidiocese do Rio e o Instituto JMJ respeitaram o processo burocrático a fim de erguer o palco principal da Jornada.

 

Paes afirmou ainda que irá à Justiça para desapropriar o terreno. "Desconheço o proprietário", declarou o prefeito, que pretende pagar pela aquisição "o valor que for definido pelo perito".