Topo

Em fuga ousada, táxi derruba portão de penitenciária e resgata 9 presos em São Luís

Aliny Gama

Do UOL, em Maceió

03/08/2013 13h47

Nove presos do CDP (Centro de Detenção Provisória), localizado no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, foram resgatados da prisão numa ação cinematográfica, na manhã deste sábado (3). Por volta das 7h, um carro em alta velocidade derrubou o portão principal, que dá acesso ao pátio do Centro, e libertou  nove presos. 

 De acordo com a Sejap (Secretaria da Justiça e da Administração Penitenciária), os presos serraram as grades na madrugada sem que os agentes penitenciários percebessem e ficaram esperando o momento do resgate.

Agentes penitenciários chegaram a disparar contra o veículo no momento da ação, e conseguiram impedir que 13 dos 24 presos do bloco Delta escapassem. Alguns fugiram dentro do carro usado para derrubar o portão, e outros correram para um matagal próximo ao presídio.

O carro usado na fuga, um Chevrolet Classic, foi identificado pela PM (Polícia Militar) como sendo um táxi que havia sido roubado na noite dessa sexta-feira (2) em São Luís.

Para a Sejap a ação rápida dos agentes penitenciários impediu a fuga de 14 internos. As polícias Civil e Militar e o Geop (Grupo Especial de Operações Penitenciárias) tentam capturar os fugitivos. 

O nome dos presos que escaparam ainda não foi divulgado pela secretaria. A administração do CDP não informou se os fugitivos pertencem a facções criminosas nem os crimes cometidos.

Visitas mantidas

Apesar do ocorrido, as visitas previstas para este sábado estão mantidas. Segundo a Sejap, o clima no CDP "é de tranquilidade". Segundo dados da Sesap, o CDP está superlotado com 677 detentos quando a capacidade é para 402.

Mortes, fugas e transferências

As unidades prisionais do Complexo Penitenciário de Pedrinhas vêm passando por problemas de superlotação. No último dia 20, a SSP/MA (Secretaria de Segurança Pública) transferiu dez presos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas para o presídio federal de segurança máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

Os presos transferidos foram identificados por liderar facções criminosas que estavam agindo de dentro dos presídios, dando ordens para crimes cometidos fora do sistema prisional.

Na madrugada do dia 15 de julho, foi registrada a fuga de 15 detentos no CCPJ (Centro de Custódia de Preso de Justiça). Os presos escavaram um túnel que os levou da cela cinco do Bloco C até a parte de foram da unidade prisional. Após a fuga, os agentes penitenciários encontraram na cela vários sacos de areia que foram retirados durante a escavação do túnel.

Em abril, uma suposta briga entre internos em uma cela no bloco C do CCPJ deixou cinco presos mortos. Os assassinatos foram praticados por 24 presos, que usaram espetos de ferro para cometer os crimes.