Irmãs mortas na zona oeste de SP são enterradas; mãe confessou crime, segundo polícia
As irmãs de 13 e 14 anos encontradas mortas dentro de casa no Butantã, zona oeste de São Paulo, foram enterradas na tarde desta segunda-feira (16), no cemitério Valle dos Reis, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. De acordo com a polícia, a mãe assassinou as adolescentes e depois tentou se suicidar.
A corretora de imóveis Mary Vieira Knorr, 53, foi indiciada por homicídio pelas mortes de duas filhas, que foram achadas já sem vida no último sábado (14).
A suspeita está internada no pronto-socorro do Hospital Universitário da USP (Universidade de São Paulo) sob custódia da polícia. Segundo a assessoria de imprensa da unidade, ela passa bem e será submetida nesta segunda-feira (16) a uma avaliação psiquiátrica.
Mary Vieira Knorr foi presa e autuada em flagrante depois de, segundo a polícia, confessar ter matado as filhas Paola Knorr Victorazzo, 13, e Giovanna Knorr Victorazzo, 14.
Mãe continua internada
Os corpos das adolescentes foram achados em um beliche em um dos quartos da casa onde moravam com a mãe na rua Doutor Romeu Ferro, no Butantã. A corretora estava agonizando na sala da casa. Segundo a polícia, ela tentou suicídio.
Uma denúncia sobre um vazamento de gás feita ao Corpo de Bombeiros levou à descoberta do crime. Quando os bombeiros chegaram à casa encontraram o imóvel trancado. Não havia sinais de arrombamento e ninguém respondia aos bombeiros.
Ao entrarem, a mulher estava na sala, e o gás aberto. O quarto onde foram localizados os corpos das meninas estava revirado e com fezes de animais - a perícia suspeita que as jovens estivessem mortas há dias. No box do banheiro do quarto havia ainda um cachorro morto com um saco plástico amarrado na cabeça.
Segundo a polícia, os corpos das adolescentes possuíam sinais de estrangulamento. O laudo do IML (Instituto Médico Legal) que apontará as causas das mortes deve ficar pronto em 30 dias.
Mary é divorciada e tem outros dois filhos, de 27 e 31 anos. Segundo a Polícia Militar, Mary tinha passagem pela polícia por periclitação de vidas (pôr em risco a vida de alguém) e estelionato. Uma amiga de Mary contou que ela tinha muitas dívidas. (Com Estadão Conteúdo)
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