Metade dos paulistanos é a favor de mais um dia de rodízio de carro
Quase metade dos paulistanos concorda que o rodízio de carros deveria ser de dois dias em vez de um, como é atualmente. É o que revela uma pesquisa sobre mobilidade urbana lançada nesta segunda-feira (16) pelo movimento Rede Nossa São Paulo e o Ibope.
Cerca de 800 pessoas foram entrevistadas na capital paulista entre os dias 20 e 27 de agosto deste ano. A margem de erro da pesquisa, que está na sétima edição, é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
49% das pessoas ouvidas afirmaram que são a favor que o rodízio aumente para dois dias da semana, como forma de tentar melhorar o trânsito da cidade. Na pesquisa realizada no ano passado, 37% se mostraram favoráveis à ideia.
Mais da metade das pessoas também aprova outra medida polêmica: 54% concordam que sejam aplicadas multas para pedestres que desrespeitam as normas do Código Brasileiro de Trânsito, como atravessar fora da faixa. Em 2012, esse percentual foi de 34%.
A pesquisa revela ainda que aumentou a aprovação dos paulistanos à proposta de pedágio urbano, a exemplo do que existe em cidades como Londres e Estocolmo, onde motoristas têm de pagar para circular em determinadas áreas. Este ano, 27% disseram concordar com a medida. Em 2012, foram apenas 17%.
Trânsito ruim
Dois em cada três entrevistados classificaram o trânsito de São Paulo como ruim ou péssimo. Segundo a pesquisa, o paulistano gasta por dia, em média, duas horas e 15 minutos no tráfego.
Ainda de acordo com o levantamento, aumentou a quantidade de pessoas que afirma usar carro todos os dias. Este ano, o índice foi de 27%. Em 2012, era de 23%.
Apesar disso, cresceu a disposição dos motoristas paulistanos a deixar o carro na garagem e passar a usar o transporte público, "caso haja uma boa alternativa": 61% disseram que fariam isso "com certeza". Na pesquisa feita no ano passado, 44% das pessoas ouvidas afirmaram o mesmo.
Tarifa Zero
Os pesquisadores também quiseram saber a opinião dos paulistanos sobre a proposta de Tarifa Zero, uma das reivindicações dos manifestantes que tomaram as ruas durante onda de protestos que sacudiu o país no mês de junho.
A maioria (46%) acredita que a medida é "possível e viável" para todos; 29% pensam que o benefício deveria valer apenas para estudantes e aposentados. Já 21% não acham o projeto inviável.
Perguntadas sobre o custo da passagem do transporte público, 56% das pessoas que participaram do estudo disseram que a tarifa deveria ser "intermediária" (metade paga pelo usuário e metade pelo governo), 34% defenderam a "tarifa zero" (custeada totalmente pelo governo) e somente 7% optaram pela "tarifa cheia" (paga pelo passageiro).
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