Justiça libera casal preso durante manifestação em SP
A Justiça de São Paulo decidiu nesta quarta-feira (9) liberar o casal que havia sido preso durante protesto na capital paulista na noite da última segunda-feira (7). Eles foram indiciados pela polícia com base na Lei de Segurança Nacional, sancionada em 1983, ainda na época da ditadura militar.
Mascarados viram carro da polícia durante protesto em São Paulo
O juiz do Departamento de Inquéritos Policiais (Dipo), Marcos Vieira de Morais, determinou o relaxamento da prisão do casal Humberto Caporalli, 24, e Luana Bernardo Lopes, 19.
Luana saiu da cadeia pública de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, por volta das 16h, segundo a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária). Humberto Caporalli seguia preso do Centro de Detenção Provisória, em Belém, na zona leste da capital, até às 18h.
A estudante de moda e o artista plástico que se autodefine como "Humberto Baderna" foram presos em flagrante na esquina das avenidas Ipiranga e São João, no centro de São Paulo. Segundo a polícia, eles estariam participando da depredação de um carro da Polícia Civil no local. A principal prova encontrada pela polícia foram fotografias salvas na câmera de Humberto, registrando o ataque ao carro oficial, que foi virado.
O casal foi indiciado com base no art. 15 da Lei de Segurança Nacional, que diz que é crime "praticar sabotagem contra instalações militares, meios de comunicações, meios e vias de transporte, estaleiros, portos, aeroportos, fábricas, usinas, barragem, depósitos e outras instalações congêneres" e prevê pena de reclusão de três a dez anos.
Os dois jovens também vão responder por dano ao patrimônio, incitação ao crime, associação criminosa e pichação de monumento urbano. Humberto foi indiciado ainda por posse ilegal de arma de fogo de uso restrito --na mochila dele foi encontrada uma bomba de gás usada.
O advogado de Humberto, Geraldo Santamaria Neto, que faz parte do grupo Advogados Ativistas, afirma que não há indícios suficientes no inquérito que justifiquem a prisão do casal. "Eles não praticaram nenhum ato de vandalismo e nenhum crime", disse.
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