Força-tarefa investiga ataques a ônibus no sul de MG
Uma força-tarefa foi montada para investigar e tentar coibir ataques a ônibus e casas de agentes penitenciários, como os realizados nos últimos dias na cidade de Itajubá (448 km de Belo Horizonte). Em um dos ataques, um grupo armado atirou contra a residência de um diretor de presídio. Nesta quinta-feira (6), três adolescentes foram detidos, com garrafas de plástico contendo gasolina.
Segundo o delegado regional de Itajubá, Pedro Bezerra, policiais civis, militares e representantes do Ministério Público (MP) e do sistema prisional da região montaram uma estratégia, que corre em sigilo, para identificar os autores dos ataques. Os casos começaram na terça-feira (4) e seguiram até esta quinta-feira (6).
“Como consequência dessas ações [a filtragem de informações], já não houve um único ataque ontem em Itajubá. Em relação aos adolescentes, nós estamos checando qual é a participação deles nesse contexto dos atentados”, afirmou Bezerra.
O delegado descartou que os ataques tenham relação com o caso da cidade de Itamonte, onde nove integrantes de uma quadrilha de assalto a bancos foram mortos. O município fica na região sul de Minas Gerais.
“Esses crimes são isolados e não têm vinculação com organizações criminosas de outros Estados ou com o fato que ocorreu recentemente em Itamonte”, afirmou Pedro Bezerra.
O policial ainda declarou que nenhuma operação de repressão de grande porte na região foi deflagrada recentemente e que pudesse motivar a retaliação por parte dos criminosos.
“O trabalho nosso é diário na repressão. Não teve nenhum fato fora da normalidade que pudesse justificar essas ações”, declarou.
Atentados
O primeiro ataque ocorreu na noite da terça-feira de Carnaval (4), quando a casa de um agente penitenciário foi alvo de disparos em Itajubá. O agente trabalha em um presídio na cidade de Santa Rita do Sapucaí, município próximo a Itajubá. Os suspeitos ainda atearam fogo ao portão da casa. O agente, que dormia na hora do ataque, conseguiu apagar as chamas com a ajuda de vizinhos.
O segundo ataque aconteceu na mesma noite. Segundo a Polícia Militar, um motorista de ônibus foi rendido por um homem armado, que ordenou sua saída do veículo. O coletivo foi incendiado por outros suspeitos que acompanhavam a ação.
A casa do diretor do presídio de Itajubá também foi alvo de tiros na madrugada da quarta-feira (5). Conforme a PM, um bilhete com os dizeres “abaixo a repressão carcerária” foi deixado no local.
Na noite de quinta-feira (6), homens armados obrigaram um motorista de ônibus a descer do veículo e atearam fogo. Bombeiros conseguiram apagar o incêndio.
Já durante a madrugada, a fachada da casa de outro agente penitenciário foi alvejada por tiros. Em todos os casos, segundo a polícia, ninguém se feriu.
Agentes penitenciários de um presídio localizado na cidade de Poços de Caldas (470 km de Belo Horizonte), acionaram a PM no mesmo dia, após ouvir tiros do lado de fora da unidade. A PM, entretanto, relatou não ter encontrado suspeitos, nem marcas dos disparos nos muros do presídio.
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