Sobem para sete os ataques incendiários a ônibus em SC

Mais dois ônibus foram incendiados em Santa Catarina, entre a noite de segunda-feira (7) e a madrugada desta terça (8), elevando para sete o número de ataques criminosos a coletivos cometidos nos últimos cinco dias no Estado. Em nenhum dos casos houve feridos ou suspeitos detidos.

Apesar da similaridade, o governador Raimundo Colombo (PSD) disse não acreditar os crimes estejam sendo orquestrados por uma facção que atua dentro dos presídios, a exemplo do que aconteceu em novembro de 2012 e janeiro e fevereiro de 2013, períodos em que 72 ônibus foram destruídos em dezenas de cidades catarinenses.

Porém, uma das linhas de investigação das polícias Civil e Militar aponta que alguns dos recentes ataques podem ter sido cometidos em represália à proibição de visita de familiares e advogados dos presos, consequência da greve estadual de agentes penitenciários.

“O que não podemos é ficar refém de presos ou da greve”, afirmou o governador.

Em Criciúma (191 km de Florianópolis), onde ocorreram três ataques, policiais militares passaram a escoltar os ônibus durante a noite.

O primeiro dos dois novos ataques ocorreu por volta de 23h50 de segunda-feira, em Itajaí (100 km de Florianópolis), na rua Antônio Rocha de Andrade, bairro Fazenda. Moradores ouviram um barulho estranho, saíram de casa e já encontraram um ônibus em chamas.

Dois homens em uma moto foram avistados deixando o local em velocidade. O fogo foi controlado antes mesmo da chegada do Corpo de Bombeiros. Uma garrafa com resto de gasolina foi apreendida.

O segundo caso aconteceu no final da madrugada desta terça-feira, no Balneário Arroio da Silva (226 km de Florianópolis), no sul do Estado. De acordo com informações da Polícia Civil à imprensa local, um veículo da Viação Cidade, estacionado numa garagem ao lado da Prefeitura, foi encontrado queimado pelo motorista da linha que chegou para trabalhar, por volta de 5h30.

Os danos foram somente na parte interna do veículo, já que o criminoso fechou as janelas e faltou oxigênio para alimentar o fogo. Um galão com gasolina foi recolhido perto do ônibus.