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Com manobra, nível do Cantareira, em SP, passa para 26,7%

Do UOL, em São Paulo

16/05/2014 10h42Atualizada em 16/05/2014 11h23

Após começar a usar o volume morto, em uma operação inédita no país, o nível do Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de quase metade da região metropolitana de São Paulo, passou para 26,7% nesta sexta-feira (16). De ontem para hoje, o sistema não acumulou nenhum milímetro de chuva.  

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O governo estadual começou a captar o volume morto do sistema ontem, como é chamada a água que fica no fundo das represas, abaixo do nível de captação das comportas. A previsão é que a água do volume morto chegue aos consumidores a partir deste domingo (18).

Ontem, antes do uso dessa reserva técnica, o índice do Cantareira era de 8,2%, o mais baixo da história do sistema, criado em 1974. Com o volume morto, houve um aumento de 18,5 pontos percentuais no nível do Cantareira, segundo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

O governo gastou R$ 80 milhões para construir canais e instalar bombas para a retirada da água nas represas Atibainha, em Nazaré Paulista, e Jaguari/Jacareí, em Joanópolis. A previsão é extrair 182 bilhões de litros de água dos 400 bilhões de reserva nos próximos quatro meses. 

Volume morto começa a ser captado em SP; entenda o processo

Autoridades e órgãos divergem sobre até quando essa água vai durar. Inicialmente, a Sabesp informou que o volume morto seria suficiente para garantir água até setembro. Mais recentemente passou a falar em novembro e ontem informou que haverá água suficiente para abastecer a região até março de 2015.

A ANA (Agência Nacional de Águas) afirmou esta semana que a reserva técnica pode acabar antes de novembro, caso sejam mantidos os atuais níveis de chuva e de consumo de água.

Qualidade do volume morto

A qualidade da água do volume morto coloca em lados opostos pesquisadores e o Executivo estadual. O governo garante que a água é a mesma da que vem sendo retirada dos reservatórios e usada pelos consumidores atualmente.

Especialistas entrevistados pelo UOL alertam para os riscos à saúde. Para Sílvia Regina Gobbo, professora de ecologia da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), o tratamento de água usado atualmente não consegue resolver os problemas dos metais pesados que podem estar acumulados no fundo dos reservatórios.

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