Impasse com governo por causa de demitidos ameaça Metrô na Copa
O presidente da Federação Nacional dos Metroviários, Paulo Pasin, disse nesta terça-feira (10) não ter “dúvidas de que haverá paralisação na estreia da Copa”. Durante a manhã, o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que a operação do Metrô será normal na estreia do torneio, na quinta-feira (12): "Nós teremos tanto o Metrô quanto a CPTM".
Pasin condicionou o funcionamento completo das linhas ao cancelamento da demissão de 42 metroviários, acusados de incitar a população a pular as catracas e invadir estações. O sindicato nega que o motivo seja esse e diz que o governo quer “intimidar a categoria”.
“Para garantir [o funcionamento integral] do trem e do Metrô, é preciso que ele negocie com a categoria e não concretize as demissões”, afirmou. "Há muito descontentamento com a situação [as demissões]. Nossa única pauta no momento é o cancelamento delas".
O governador já sinalizou que não pretende voltar atrás e disse que só haverá conflito caso "haja um grupo querendo fazer bagunça pela bagunça, caos pelo caos". O sindicato vai analisar as demissões em uma reunião marcada para hoje às 15h com o departamento jurídico da organização e os funcionários afastados. Eles têm três dias para recorrer administrativamente contra a decisão do Metrô.
Fim da greve
As cinco linhas do metrô operam normalmente hoje, após os metroviários decidirem suspender a greve na noite de ontem. Segundo o Metrô, as estações abriram no horário previsto e não houve registro de incidentes ou tumultos.
A estação Ana Rosa (na zona sul da cidade), onde policiais entraram em confronto com grevistas que estariam realizando um piquete na segunda-feira (9), teve policiamento reforçado desde o início da manhã. (Com Estadão Conteúdo)
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