Policiais civis do Rio convocam assembleia e consideram entrar em greve
O Sindpol (Sindicato dos Policiais Civis do Rio de Janeiro) convocou uma assembleia para esta sexta-feira (13), às 14 horas, na Cidade da Polícia, na zona norte do Rio de Janeiro, para decidir de que forma vai se posicionar quanto ao cumprimento de um acordo feito com o governo do Estado no mês passado.
Segundo o presidente do sindicato, Francisco Chao, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) ainda não cumpriu a promessa de enviar para a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), em caráter de urgência, a mensagem com o pedido de incorporação aos vencimentos da gratificação recebida por meio do programa Delegacia Legal.
Com isso, afirmou Chao, a possibilidade de uma nova paralisação da categoria --ou da aprovação de um indicativo de greve--- não está descartada. "Eu não tenho simpatia por greve em razão do momento que estamos vivendo [em referência à Copa do Mundo]. Mas a gente também não pode ficar inerte em relação a essa protelação por parte do governador", afirmou ele.
Na versão do sindicalista, no dia 22 de maio, o governador afirmou aos policiais civis que enviaria a mensagem para a Alerj até o dia 12 de junho, o que não ocorreu. "Nessa semana, ele deu uma entrevista falando que o faria até o dia 15. O prazo padrão é até o dia 30 de junho. (...) Acho que existe, sim, uma postura protelatória", argumentou.
Em nota, a assessoria do governo do Estado informou que, na terça-feira (10), Pezão disse que enviará a mensagem para a Alerj até o fim do mês. No entanto, o Executivo fluminense não especificou data.
O Sindpol reivindica a incorporação integral da gratificação do programa Delegacia Legal (R$ 850), uma promessa antiga do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). O reajuste seria parcelado em nove vezes, até 2018, com a reposição inflacionária anual.
A categoria também quer plano de saúde, reajuste de 100% do vale-alimentação e do vale-transporte, criação de um plano de cargos e salários, além do reajuste de 50% no piso dos agentes para diminuir a discrepância com os vencimentos de delegados.
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