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Polícia inicia buscas por Eliza Samudio após entrevista de primo de Bruno

Retroescavadeira começa trabalhos de escavação em Vespasiano, perto de BH - Rayder Bragon/UOL
Retroescavadeira começa trabalhos de escavação em Vespasiano, perto de BH Imagem: Rayder Bragon/UOL

Rayder Bragon

Do UOL, em Vespasiano (MG)

25/07/2014 11h33Atualizada em 25/07/2014 13h47

Os trabalhos de busca pelo corpo de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, começaram por volta das 10h20 desta sexta-feira (25), em Vespasiano, município da região metropolitana de Belo Horizonte.

Um comboio da Polícia Civil de Minas Gerais chegou à rua Aranhas, no bairro Santa Clara, trazendo o primo do goleiro, Jorge Rosa Sales, e uma retroescavadeira. Ontem, Sales deu uma entrevista indicando a suposta localização do corpo de Eliza, desaparecida desde 2010.

O local indicado por Sales é um terreno baldio situado entre uma área murada e uma casa. Os policiais encontraram um coqueiro dado pelo primo do goleiro como ponto de referência sobre a localização do corpo.

A possibilidade de as buscas serem adiadas chegou a ser cogitada por conta da chuva que cai na região metropolitana de Belo Horizonte desde a noite da última quinta-feira (24). Mas os trabalhos tiveram início normalmente na sexta.

Sales chegou ao local das buscas cercado por um forte esquema de segurança composto apenas por policiais civis. A polícia cercou a área e impediu o acesso da imprensa ao local, mas cinegrafistas conseguiram acesso a casas próximas para registrar imagens das buscas.

O marceneiro José Cassiano Pereira, 57, morador há 20 anos da região, comentou ao UOL que acha pouco provável que o corpo de Eliza esteja enterrado no lote. "Não houve nenhum comentário nesse sentido aqui no bairro. Aqui fica cheio de garotos soltando pipa durante o dia. Eles teriam visto a movimentação. E nunca entrou máquina [retroescavadeira, que teria sido usada para cavar a sepultura] nesse lote." 

O caso

Bruno foi condenado no ano passado a 22 anos de prisão pela morte de Eliza.

Sales, que era menor de idade na época do crime, foi condenado e cumpriu medida socioeducativa em Minas Gerais por ter sido considerado culpado no sumiço de Eliza. Ele foi solto em setembro de 2012.

O rapaz foi acusado pela polícia de ter presenciado a morte de Eliza na casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado como o assassino da moça.