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Homem é condenado a 48 anos de prisão por morte de casal em MG

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

16/09/2014 19h28

Um homem foi condenado a 48 anos de prisão pelo crime de latrocínio contra um casal de namorados assassinado a tiros, em janeiro deste ano, na Serra do Cipó, local turístico na região central de Minas Gerais e a 100 quilômetros de Belo Horizonte.

O outro acusado da morte dos advogados Alexandre Werneck Oliveira, 46, e Lívia Viggiano Rocha Silveira, 39, teve o processo desmembrado. O casal era de Belo Horizonte.

De acordo com o TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), Helton Moreira de Castro foi condenado ainda a 40 dias-multa.

A defesa de Castro, conforme o tribunal, tentou eximi-lo da responsabilidade pelas mortes ao dizer que os disparos foram feitos pelo comparsa do réu.

No entanto, a juíza Érica Climene Xavier Duarte, da comarca de Conceição do Mato Dentro, disse ter considerado que “há elementos de convicção suficientes para a formação de um juízo de certeza de ter o acusado praticado as condutas a ele imputadas na denúncia”.

A magistrada disse ter se baseado nas provas do processo “e das produzidas sob o crivo do contraditório”.

Conforme relato dela, após depoimentos colhidos, chegou à conclusão que Castro foi à Serra do Cipó com objetivo de praticar um roubo, mediante uso de arma de fogo. Ainda segundo o relato da juíza, reproduzido pela assessoria do TJ-MG, o condenado assumiu o risco do resultado da morte ao ter usado a arma, mesmo a defesa dele alegando que ele não foi o autor dos disparos.

Castro respondeu por dois crimes de latrocínio, um de estupro e dois de ocultação de cadáver, de acordo com o tribunal.

Conforme a investigação feita à época pela Polícia Civil de Minas Gerais, ele assumiu ter estuprado a mulher antes de ela ser morta. O UOL tentando contato com o advogado de Castro.

Relembre o caso

O casal de namorados se hospedou no dia 2 de janeiro deste ano, uma quinta-feira, em uma das várias pousadas existentes na região e, segundo os responsáveis pelo estabelecimento, teria saído de carro para um passeio na região, no final da tarde do dia seguinte.

Conforme a investigação, as vítimas foram abordadas pela dupla quando estavam fora do carro, em um mirante existente na região.

Os dois suspeitos teriam chegado ao local em uma moto. As vítimas foram levadas para as proximidades do rio Santo Antônio, onde teriam sido assassinadas, sendo os corpos atirados na água. A mulher foi estuprada pela dupla antes de ser morta, segundo o TJ-MG.

Em seguida, os suspeitos teriam tentado fugir com o carro, mas um sistema antifurto impossibilitou o funcionamento da caminhonete.

A investigação apontou que os dois foram embora, mas retornaram no dia seguinte e resolveram atear fogo no veículo. O carro foi localizado na segunda-feira (6 de janeiro).