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Nível do rio Paraíba do Sul cai 40% em menos de um mês e chega a 3%

Luís Moura/Estadão Conteúdo
Imagem: Luís Moura/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

10/12/2014 21h47

O volume de água dos reservatórios do rio Paraíba do Sul, que abastecem cerca de 15 milhões de pessoas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, caiu para 3% nesta terça-feira (10), segundo a ANA (Agência Nacional de Águas). 

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Em menos de um mês, o nível registrou uma queda de aproximadamente 40% --quando o índice era de 5%-- agravando ainda mais a crise hídrica na região. Desde setembro deste ano, o reservatório, que operava com 12,9% da sua capacidade, vem atingindo repetidamente o pior nível histórico.

A situação parece ainda mais grave quando comparada com anos anteriores. Em novembro de 2013, o volume médio do Paraíba do Sul era de cerca de 50%. E, em 2009, os reservatórios contavam com 80% da capacidade. Em 2003, ano mais crítico já registrado até então, o volume era de 15,7%.

As águas do Paraíba vêm baixando progressivamente desde o início da estiagem. Caso não volte a chover com regularidade, a estimativa de especialistas ouvidos pelo UOL é que a queda se mantenha e o Paraíba do Sul chegue ao final de dezembro com 1,9% de sua capacidade.

Para tentar conter a crise, a ANA decidiu manter a redução, pelo menos até o dia 31 de dezembro, da vazão mínima afluente à barragem de Santa Cecília, no Rio Paraíba do Sul, a 160 metros cúbicos por segundo.

A decisão vem sendo renovada desde julho, quando foi determinada mudança de 190 metros cúbicos por segundo para 173 metros cúbicos por segundo, em vigor até o final de julho. Em setembro, em outra norma, a agência reduziu a vazão mínima para os atuais 160 metros por segundo.

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Transposição

Os governadores de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais assinaram no dia 27 de novembro, em Brasília, acordo que autoriza São Paulo a retirar água da bacia do rio Paraíba do Sul para abastecer sua região metropolitana.

O acordo permite ao governo paulista iniciar o processo de contratação das obras para a transposição do rio Jaguari, em São Paulo, para as represas do sistema Cantareira, principal abastecedor da Grande São Paulo e que passa por uma crise histórica. A expectativa é que obras fiquem prontas em 2016.