STJ nega liberdade a pai do menino Bernardo; defesa vai recorrer ao Supremo
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou na tarde desta quinta-feira (7) o recurso feito pela defesa do médico Leandro Boldrini, pai do menino Bernardo, morto em abril de 2014.
A Quinta Turma do STJ manteve a decisão de novembro de 2014 que determinou que Leandro permanecesse preso. Naquela ocasião, o TJ-RS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul) havia negado o pedido de habeas corpus. A defesa de Boldrini promete recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Nesta quinta, a turma negou por unanimidade o pedido da defesa. Boldrini foi preso no dia 14 de abril. Depois de indiciado pela polícia, acabou denunciado pelo Ministério Público, junto com sua atual mulher, Graciele Ugulini, 32; a amiga do casal Edelvânia Wirganovicz, 40; e o irmão desta última, Evandro Wirganovicz, por envolvimento no assassinato de Bernardo.
Os três primeiros responderão por homicídio quadruplamente qualificado (motivos torpe e fútil, emprego de veneno e recurso que dificultou a defesa da vítima) e todos por ocultação de cadáver. O médico, que está preso na Pasc (Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas), na região metropolitana de Porto Alegre, foi denunciado, ainda, por falsidade ideológica.
No julgamento de hoje, a corte também negou a solicitação da defesa para que o processo seja transferido da comarca de Três Passos --onde a família Boldrini residia-- para Frederico Westphalen --onde o corpo de Bernardo foi achado.
O advogado do médico, Ezequiel Vetoretti, alegou que o clamor popular e a pressão pública envolvendo o caso seriam motivos para a transferência do processo.
Entretanto, a corte negou, afirmando que, como foram produzidas provas em Três Passos, é lá que os acusados devem ser julgados.
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