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Polícia realiza operação contra suspeitos de chacina na Grande São Paulo

Em 13 de setembro, manifestantes fizeram ato na avenida Paulista, área central da capital paulista, para lembrar os 19 mortos na chacina - Dario Oliveira/Código 19/Agência Estado - 13.set.2015
Em 13 de setembro, manifestantes fizeram ato na avenida Paulista, área central da capital paulista, para lembrar os 19 mortos na chacina Imagem: Dario Oliveira/Código 19/Agência Estado - 13.set.2015

Do UOL, em São Paulo

08/10/2015 07h54Atualizada em 08/10/2015 13h07

Uma operação realizada nesta quinta-feira (8) busca suspeitos pela chacina que deixou 19 pessoas mortas em Osasco e Barueri, na Grande São Paulo, no dia 13 de agosto, informa a SSP (Secretaria de Segurança Pública).

Estão sendo cumpridos seis mandados de prisão e 28 de busca e apreensão em 36 localidades da região metropolitana da capital paulista. Os mandados foram expedidos pela Justiça Criminal de Osasco e pela Justiça Militar. Ao menos nove pessoas tinham sido presas até o começo da tarde de hoje, sendo oito PMs e um guarda civil.

A operação é promovida em conjunto pela Polícia Civil, Corregedoria da Polícia Militar, a própria PM, além do Ministério Público Estadual. De acordo com a SSP, ao todo, 457 policiais estão envolvidos na ação, "para a garantia da realização simultânea dos mandados judiciais".

A secretaria informou, por meio de nota, que mais detalhes sobre a operação e a investigação só serão fornecidos no período da tarde em entrevista à imprensa na sede da SSP, no centro de São Paulo.

Chacina

Há quase dois meses 18 pessoas foram mortas em um intervalo de três horas em Osasco e Barueri. Duas semanas depois, uma adolescente de 15 anos, que tinha ficado ferida nos ataques e estava internada, não resistiu aos ferimentos e morreu, elevando para 19 o número de vítimas.

Das 19 vítimas, seis tinham passagens criminais por delitos considerados leves, como receptação e porte de drogas.

PMs são apontados como principais suspeitos como autores dos ataques. As mortes ocorreram dias depois que o PM Avenilson Pereira de Oliveira e o guarda-civil Jeferson Rodrigues da Silva foram assassinados na região. Os dois foram mortos em assaltos.

Parte das cápsulas apreendidas nos locais onde as vítimas foram mortas pertence a lotes comprados pela Polícia Militar, pela Polícia Federal e pelo Exército Brasileiro. A informação foi prestada pela Companhia Brasileira de Cartuchos à Corregedoria da Polícia Militar.

O soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar) Fabrício Emmanuel Eleutério, 30, chegou a ser preso, suspeito de participar da chacina e de integrar um grupo de extermínio em Osasco.

No entanto, ao longo da investigação, o rastreamento do carro do policial e a quebra de sigilos telefônicos enfraqueceram as suspeitas da polícia contra o soldado