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Protesto pacífico contra tarifa de ônibus fecha ruas de Belo Horizonte

Manifestantes protestam contra o aumento da tarifa de ônibus em Belo Horizonte - Lincon Zarbietti/O Tempo/Estadão Conteúdo
Manifestantes protestam contra o aumento da tarifa de ônibus em Belo Horizonte Imagem: Lincon Zarbietti/O Tempo/Estadão Conteúdo

Carlos Eduardo Cherem

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

08/01/2016 22h38

O protesto contra três aumentos nos preços das passagens de ônibus nos últimos 12 meses fechou ruas do centro de Belo Horizonte. Ao contrário do Rio e São Paulo, a manifestação foi pacífica.

Cerca de 600 pessoas, segundo a Polícia Militar, e 300, segundo os organizadores, participaram da manifestação, entre 18h e 21h, nesta sexta-feira (8).

Organizada pelos movimentos Passe Livre e Tarifa Zero, além de membros de partidos políticos, a manifestação começou na praça Sete, confluência das avenidas Afonso Pena e Amazonas, no centro da capital mineira.

De lá, os manifestantes seguiram pela avenida Amazonas em direção à praça Raul Soares, onde queimaram uma catraca de isopor.

O ato terminou em frente ao prédio da prefeitura, na avenida Afonso Pena, onde os manifestantes gritavam "assalto".

De R$ 2,85 para R$ 3,70

Em 12 meses, a principal tarifa de ônibus de Belo Horizonte, utilizada em 80% da linhas que circulam na capital mineira, pulou de R$ 2,85 para R$ 3,70.

Em 29 de dezembro de 2014, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) reajustou o valor das passagens, com os preços da maioria das linhas passando de R$ 2,85 para R$ 3,10.

Em julho, sem aviso prévio, houve um aumento para R$ 3,40. A iniciativa foi barrada temporariamente pela Justiça, mas acabou entrando em vigor em outubro.

Finalmente, em 30 de dezembro, o prefeito autorizou outro aumento, dessa vez com os preços passando de R$ 3,40 para R$ 3,80.

Justiça vai decidir

Na segunda-feira (4), o MP (Ministério Público) de Minas Gerais apresentou ação na Justiça, não concordando com os cálculos feitos pela Prefeitura para os reajustes. O MP pede, liminarmente, que os preços não sejam alterados, até novo cálculo para o percentual de reajuste.

Nesta sexta-feira (8), poucas horas antes do protesto contra o aumento, a Defensoria Pública de Minas Gerais também ajuizou uma ação na Justiça com o objetivo de suspender a alta de preços.