Em três dias, polícia do Rio mata oito pessoas em caçada por Fat Family
A busca pelo traficante Nicolas Labre Pereira Jesus, 28, o Fat Family, que desafiou a polícia do Rio de Janeiro ao ser resgatado por cerca de 25 criminosos no domingo (19) do Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro da cidade, já deixou oito mortos.
Três pessoas morreram durante uma ação realizada pela Core (Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil) em busca do traficante no Complexo da Maré, na zona norte da cidade, nesta sexta-feira (24). Outras cinco foram mortas na quarta-feira (22), quando a Polícia Militar procurava Fat Family na favela da Rola, na zona oeste.
A Polícia Civil e a PM informaram que todos os mortos foram traficantes que reagiram à ação policial, mas não soube informar o nome dos suspeitos. Outras quatro pessoas foram presas.
Nesta sexta-feira, a Core identificou o esconderijo de Fat Family, que teria deixado o local pouco antes da chegada dos agentes. Na casa, localizada na favela Nova Holanda, os policiais encontraram medicamentos e materiais para curativos.
As buscas pelo traficante, chefe do tráfico no morro Santo Amaro, na zona sul da capital fluminense, estão sendo realizadas desde segunda-feira por PMs de 22 batalhões e por unidades especiais da Polícia Civil.
Na terça-feira (21), a Justiça determinou a transferência de 15 presos do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste, para presídios federais fora do Estado do Rio de Janeiro. Os transferidos são vinculados à facção criminosa Comando Vermelho (CV), da qual faz parte a quadrilha que Fat Family.
O traficante, que ia passar por uma operação na segunda-feira (20), foi retirado do Souza Aguiar na madrugada de domingo, em uma ação que teve a participação de cerca de 25 criminosos. Na saída do hospital, houve troca de tiros. Um policial militar e um técnico de enfermagem foram baleados. O vigilante Ronaldo Luiz Marriel de Souza, que chegava ao Souza Aguiar para ser atendido, foi atingido e morreu no local.
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