Polícia do Rio investiga se embaixador grego foi vítima de crime passional
A DHBF (Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense) investiga se o embaixador da Grécia no Brasil, Kyriakos Amiridis, desaparecido desde segunda-feira (26), foi vítima de crime passional, segundo informou ao UOL um agente da Polícia Civil.
Dois suspeitos estão detidos na sede da especializada, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense: o policial militar Sergio Gomes Moreira Filho, que trabalha na UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do Morro do Fallet, e um homem identificado apenas como Eduardo, que chegou à DHBF com uma touca ninja no rosto por volta das 10h30.
A mulher do embaixador, a brasileira Françoise Amiridis, também está no local. Ela chegou acompanhada apenas por um policial civil por volta das 10h desta sexta-feira (30).
Na quinta, a Polícia Civil encontrou um corpo carbonizado dentro de um carro cuja placa é a mesma do veículo que havia sido alugado pelo embaixador.
O veículo, um Ford Ka Sedan, foi localizado nas proximidades do Arco Metropolitano, na altura de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O carro também estava queimado. O corpo foi encaminhado para o IML (Instituto de Medicina Legal), onde passou por perícia para ser identificado.
O resultado ainda não foi divulgado, mas investigadores ouvidos pela reportagem afirmam que não têm dúvidas de que se trata do corpo de Kyriakos Amiridis. Um exame completo de DNA pode demorar até 30 dias para ser concluído.
Segundo o delegado, o embaixador foi visto pela última vez em Nova Iguaçu, há quatro dias. Ele mora em Brasília, mas estava no Rio passando as festas de final de ano. No final de semana, foi a Nova Iguaçu com sua mulher, que tem parentes na cidade.
No posto desde janeiro deste ano, Kyriakos já foi cônsul-geral da Grécia no Rio de Janeiro de 2001 a 2004. A carreira diplomática começou em 1985, em Atenas, e inclui passagens pela Sérvia, Bélgica, Holanda e Líbia.
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