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Polícia prende foragido que foi mentor de fuga com helicóptero em SP

Técnicos verificam o estado de helicóptero usado na tentativa de resgate de presos na penitenciária de Adriano Marrey, em Guarulhos, em 2003 - Moacyr Lopes Junior/Folhapress - 3.jul.2003
Técnicos verificam o estado de helicóptero usado na tentativa de resgate de presos na penitenciária de Adriano Marrey, em Guarulhos, em 2003 Imagem: Moacyr Lopes Junior/Folhapress - 3.jul.2003

Do UOL, em São Paulo

10/01/2017 15h20

O idealizador de um dos planos de fuga mais ousados do sistema carcerário paulista foi preso nesta segunda-feira (9) por policiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).

Jackson Cruz da Silva, o JK, hoje com 33 anos, sequestrou em julho de 2003, junto com o parceiro João Morais de Oliveira, um piloto e o obrigou a pousar um helicóptero no teto da Penitenciária Desembargador Adriano Marrey, em Guarulhos, na Grande São Paulo. A intenção da dupla era resgatar Alexandre dos Santos, o Seco, e Rogério Moreira Silva, o Baleado.

JK estava foragido desde 2015, quando recebeu indulto para passar o Dia dos Pais em casa. Condenado a 33 anos de prisão, ele foi preso em um imóvel na rua Professor José Lourenço, em Pirituba, na zona oeste de São Paulo. Segundo a polícia, ele foi autuado por receptação e falsificação de documento público, já que usava documentos falsos para não ser identificado.

Fuga não deu certo

Na época, guardas de muralha da unidade prisional abriram fogo e conseguiram evitar a fuga. O piloto, Seco, JK e Oliveira foram feridos.

O helicóptero teria decolado de um edifício na região da avenida Brigadeiro Faria Lima, na zona oeste. O piloto, identificado como Alexandre Frederico de Almeida Colaço, foi rendido pelos sequestradores e obrigado a alterar a rota para o presídio.

Uma tentativa de resgate nos mesmos moldes havia acontecido em janeiro de 2002. Dois assaltantes foram resgatados também por um helicóptero. Por causa da ousadia dos criminosos, o secretário de Estado da Administração Penitenciária da época, Nagashi Furukawa, chegou a determinar que nos pátios dos presídios do Estado fossem colocados cabos de aço e que os guardas disparassem tiros de advertência caso qualquer aeronave chegasse a menos de 50 metros dos muros.