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Justiça manda 80% dos metroviários de SP trabalharem nos horários de pico

O Metrô havia pedido a manutenção do efetivo de trabalhadores em 100% para os horários de pico - Ernesto Rodrigues/Folhapress
O Metrô havia pedido a manutenção do efetivo de trabalhadores em 100% para os horários de pico Imagem: Ernesto Rodrigues/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

26/04/2017 19h27Atualizada em 26/04/2017 20h05

O TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região) concedeu liminar nesta quarta-feira (26) que impede que os trabalhadores do Metrô de São Paulo façam a paralisação total por 24 horas nesta sexta-feira (28).

Após analisar pedido do Metrô, o desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto determinou que 80% dos trabalhadores mantenham atividade em horário de pico -- das 6h às 9h e das 16h às 19h. Nos demais períodos, o efetivo deverá ser de 60%. Em caso de descumprimento, será aplicada multa no valor de R$ 100 mil ao sindicato dos metroviários de São Paulo.

Jorge Neto também exigiu que os trabalhadores retornem, de forma imediata, ao trabalho no sábado (29). Caso a greve persista, será aplicada multa diária no valor de R$ 500 mil.

O Metrô havia pedido a manutenção do efetivo de trabalhadores em 100% para os horários de pico e em 70% para os demais períodos.

Na liminar, concedida parcialmente, o desembargador informa que impor esses limites à categoria é impedir que os trabalhadores possam ter o direito de protesto, por meio de paralisação, ante as movimentações políticas que ocorrem no Congresso. 

Linha 4 vai funcionar

Os metroviários de São Paulo estão em estado de greve desde 11 de abril e se reúnem nesta quinta-feira (27) para decidir se paralisam as atividades no dia 28. Antes da decisão da Justiça, o entendimento do Sindicato dos Metroviários de São Paulo era de que 100% dos trabalhadores cruzassem os braços.

“É quase impossível que a categoria volte atrás na decisão da última assembleia de paralisar. A partir da 0h da sexta não vai ter ninguém trabalhando no metrô. Amanhã vamos definir a organização da greve, ou seja, onde faremos piquetes, ações de convencimento”, disse o coordenador geral do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Wagner Fajardo.

A greve deve afetar os 3,7 milhões de usuários que, em média, que utilizam o serviço em dias úteis.

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo não representa os funcionários da Linha-4-amarela, que é administrada pela ViaQuatro. Eles estão vinculados ao Sindecrep-SP (Sindicato dos Empregados nas Empresas Concessionárias no Ramo de Rodovias e Estradas em Geral do Estado de São Paulo).

A concessionária informou nesta quarta (26) que as sete estações da linha (Butantã, Pinheiros, Faria Lima, Fradique Coutinho, Paulista, República e Luz) vão funcionar normalmente.