Por conta de greve, rodízio será suspenso nesta sexta em SP
O rodízio de veículos estará suspenso nesta sexta-feira (28) na capital paulista em função da greve geral organizada por centrais sindicais e movimentos sociais, informou a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes.
Normalmente, os veículos com placas com numeração final 0 e 9 não podem circular no centro expandido entre 7h e 10h e das 17h às 20h às sextas-feiras. Já as restrições de circulação para caminhões continuarão valendo.
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Categorias que representam os trabalhadores do sistema de transporte público (ônibus, trens e metrô) aderiram à greve, que protesta contra as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB).
Além do rodízio, a secretaria também avisa que a zona azul estará liberada durante todo o dia.
Os corredores de ônibus estão liberados para o tráfego de táxis (com ou sem passageiros), ônibus (tanto fretados quanto escolares) e veículos de passeio com dois ou mais passageiros. Os carros também vão poder circular nas faixas exclusivas para ônibus.
Na nota, a secretaria recomenda que, "em distâncias curtas, as pessoas optem por utilizar bicicletas ou façam trajetos a pé". "O secretário Sergio Avelleda também orienta que os trabalhadores planejem o dia de amanhã e conversem com vizinhos, colegas de trabalho, para que possam organizar esquemas de carona devido à falta de oferta de transporte público".
Em entrevista à rádio BandNews FM, o secretário disse que ouviu rumores de que a paralisação do serviço de ônibus começaria a partir das 22h desta quinta. Ao UOL, o Sindimotoristas negou a informação e confirmou que a paralisação começa à 0h. O sindicato informa que serviços especiais, como o "Atende" --para pessoas com mobilidade reduzida-- irão continuar na sexta-feira (28).
Nesta semana, o prefeito paulistano, João Doria (PSDB), anunciou que vai cortar o ponto dos funcionários públicos que não trabalharem na sexta. Ele também fez um acordo com Uber e 99 Táxis para transportarem os servidores, gratuitamente, no dia da greve geral.
Na quinta-feira (26), a Justiça determinou que ao menos 80% dos metroviários trabalhem nos horários de pico. Em caso de descumprimento, está prevista a aplicação de uma multa de R$ 100 mil.
Saiba quem já aderiu à greve em São Paulo
- Aderiram:
Os motoristas e cobradores que circulam na cidade de São Paulo prometeram não tirar os veículos da garagem na sexta-feira. A decisão foi definida em assembleia. As atividades só serão retomadas à 0h de sábado (29).
Os ferroviários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) são divididos em três sindicatos, e os três confirmaram adesão à greve geral. Sendo assim, cruzarão os braços os trabalhadores das linhas 7-rubi, 8-diamante, 9-esmeralda, 10-turquesa, 11-coral (Luz-Estudantes) e 12-safira (Brás-Calmon Viana).
Presente em 22 municípios e com uma malha ferroviária de 260,8 km e 92 estações, os trens da CPTM foram responsáveis pelo transporte de 819,5 milhões de passageiros em 2016 – ou seja, quase 2,25 milhões de usuários por dia.
Os bancários paulistas também decidiram, em várias assembleias realizadas em locais de trabalho, paralisar suas atividades na sexta-feira. Segundo o sindicato, oito em cada dez bancários decidiram pela participação da categoria na mobilização.
Na educação, os professores da rede privada de ensino decidiram aderir à paralisação. Tanto os professores da rede estadual quanto da municipal de São Paulo já haviam anunciado a adesão.
Os aeroviários de Guarulhos aprovaram em assembleia aderir a greve de 24 horas desta sexta. Rodrigo Maciel, presidente do Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos, diz que a ordem é paralisar as atividades a partir de 0h. Ele também informou que 30% dos funcionários vão manter as atividades, como preza a legislação.
Os trabalhadores da saúde dos hospitais públicos de todo o Estado de São Paulo também prometeram parar. Segundo o Sindsaúde-SP, várias assembleias ainda estão sendo realizadas nos locais de trabalho para definir se os servidores das unidades paralisarão suas atividades na sexta-feira. A entidade informou que 13 unidades hospitalares vão participar da greve integralmente como o Hospital Cachoeirinha (zona norte) e outros 10 se comprometeram a paralisar as atividades durante parte do dia, como o Hospital Estadual Mandaqui (zona norte).
- Podem aderir:
Os metroviários de São Paulo estão em estado de greve e devem paralisar as atividades no dia 28, mas assembleia está marcada para a quinta-feira (27), às 18h30, na sede do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, para ratificar a decisão tomada no dia 11 de abril.
“É quase impossível que a categoria volte atrás na decisão da última assembleia de paralisar. A partir da 0h da sexta não vai ter ninguém trabalhando no metrô. Amanhã vamos definir a organização da greve, ou seja, onde faremos piquetes, ações de convencimento”, disse o coordenador geral do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Wagner Fajardo.
A greve deve afetar os 3,7 milhões de usuários que, em média, que utilizam o serviço em dias úteis.
Sindicato dos Metroviários de São Paulo não representa os funcionários da linha-4-amarela, que é administrada pela ViaQuatro. Eles são ligados ao Sindecrep-SP (Sindicato dos Empregados nas Empresas Concessionárias no Ramo de Rodovias e Estradas em Geral do Estado de São Paulo) e, geralmente, não costumam aderir às paralisações encabeçadas pelos metroviários.
“A nossa orientação é que eles adiram à greve. Nós estamos organizando estratégias hoje e amanhã para mobilizar os trabalhadores também da Linha-4. Os dirigentes sindicais estão nos postos de trabalho para conscientizar sobre a importância da mobilização para eles. Mas há uma grande dificuldade, por que eles são empregados da iniciativa privada”, explica Andrea Pineda, integrante do conselho sindical Sindcrep-SP.
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo não representa os funcionários da linha-4-amarela, que é administrada pela ViaQuatro. Eles são ligados ao Sindecrep-SP (Sindicato dos Empregados nas Empresas Concessionárias no Ramo de Rodovias e Estradas em Geral do Estado de São Paulo). A concessionária informou nesta quarta (26) que as sete estações da linha (Butantã, Pinheiros, Faria Lima, Fradique Coutinho, Paulista, República e Luz) vão funcionar normalmente.
Os trabalhadores dos Correios de todo Brasil entrarão em greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira (26) a partir das 22h. As ameaças de privatização e demissões, o fechamento de agências e o "desmonte fiscal" da empresa, com diminuição do lucro devido a repasses ao governo e patrocínios, são os principais motivos para a mobilização, segundo a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares).
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