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Após série de saques no Rio, comerciante lamenta: "Tem assalto faz um tempão"

Imagem mostra uma das lojas arrombadas e saqueadas no Rio - JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Imagem mostra uma das lojas arrombadas e saqueadas no Rio Imagem: JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Eduardo Carneiro

Colaboração para o UOL

22/05/2017 12h32

Em uma ação que durou quase duas horas, cerca de 40 bandidos armados arrombaram ao menos sete lojas e saquearam centenas de produtos na madrugada desta segunda-feira, na Rua Senador Pompeu, região da Central do Brasil, centro do Rio de Janeiro. No fim da manhã desta segunda-feira, algumas lojas voltaram a abrir, e o clima era de medo e lamento.

Muitas das lojas da rua, inclusive algumas que não foram saqueadas, começaram o dia com as portas fechadas na manhã desta segunda-feira. Só mais tarde o movimento começou a voltar ao normal. Um funcionário de um depósito da região disse que os crimes não são novidade.

“Tem assalto faz um tempão já. Dessa vez a nossa loja não sofreu nada, estamos funcionando. A gente tenta seguir com normalidade. O pessoal tá com medo, normal”, disse ao UOL o funcionário, que não quis se identificar e que também não comentou a cobrança de um suposto pedágio de criminosos na região.

Na ação, os bandidos teriam usado um caminhão para bloquear a via e em seguida transportar a mercadoria roubada - a rua é conhecida por ser sede de diversos depósitos de refrigerantes, biscoitos, doces e descartáveis.

A Polícia Militar foi acionada após o acionamento do alarme de um dos estabelecimentos e deslocou agentes do 5º Batalhão (Praça da Harmonia). Quando chegaram ao local, os policiais foram atacados a tiros por criminosos que estavam saqueando as lojas e por outros do Morro Providência, ocasionando intenso confronto armado e dificultando a aproximação.

Em nota enviada ao UOL, a Polícia Militar nega que os criminosos usaram um caminhão para bloquear a via e afirma que o veículo estava estacionado e não tinha relação com o fato.

Até a publicação desta matéria, a unidade também não recebeu informação sobre possível cobrança de “pedágio” junto aos comerciantes por traficantes da região - de acordo com denúncias anônimas, o não pagamento da taxa teria levado os bandidos a fazerem os saques como represália.

Duas patrulhas da unidade estão na região e um oficial do 5º BPM está em contato com os comerciantes, para levantar detalhes do que ocorreu e, com isso, permitir remanejar, caso avalie necessário, o planejamento do policiamento no local. A Polícia Militar segue realizando buscas na região para localizar e prender os criminosos, e não informou se já identificou parte deles. As investigações estão em andamento no 4º DP (Presidente Vargas). Uma perícia já foi realizada no local e imagens que possam ter registrado a ação dos criminosos serão analisadas. Outras diligências estão em andamento.

De acordo com a PM, o policiamento na região é realizado através de patrulhamento com viaturas e motos, além do patrulhamento a pé. O planejamento do emprego do efetivo é feito a partir da análise da mancha criminal, sendo readequado quando necessário.