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Homem bate em carro de PM, que se surpreende ao encontrar bilhete: "bom exemplo"

Cristiano Borges/Arquivo Pessoal
Imagem: Cristiano Borges/Arquivo Pessoal

Eduardo Pereira

Colaboração para o UOL

18/07/2017 11h39

O policial militar Cristiano Borges voltava de um jogo de futebol realizado neste domingo (16), em Itararé, no interior de São Paulo, quando encontrou seu carro, estacionado nos arredores do estádio, sem um retrovisor. Irritado com a avaria, ele logo se surpreendeu ao ser avisado que, no retrovisor do veículo, havia um bilhete; nele, o contato de quem provocou acidentalmente o prejuízo.

"Vi o retrovisor quebrado e, na hora, já me deu uma raiva", relembra ele, em entrevista concedida ao UOL. "Aí passou uma pessoa ao meu lado e me avisou do bilhete. Peguei e liguei no número, mas só chamou".

Mesmo sem conseguir estabelecer contato de imediato, Cristiano, admirado com a atitude do autor do bilhete, decidiu postá-lo em seu Facebook. "Pensei em divulgar pela questão do bom exemplo, porque acho importante difundir a cultura da honestidade", explica.

Foi graças ao post que o cartorário Sandro Moraes, autor do bilhete, identificou e contatou Cristiano. Também morador de Itararé, ele tinha deixado seu telefone residencial na mensagem, mas não estava em casa quando o policial militar ligou.

"Vi o post no Facebook e mandei uma solicitação de amizade, seguida de uma mensagem, pedindo para nos encontrarmos", detalha o cartorário. Estabelecido o contato, Cristiano e Sandro acertaram rapidamente os detalhes do conserto do automóvel, previsto para ser encerrado até a noite desta terça-feira (18).

Sandro explica que o acidente aconteceu enquanto ele percorria de carro, na companhia do filho de 9 anos, a rua onde Cristiano havia estacionado seu veículo. "É uma rua estreita. Havia um carro em movimento que pensei vir na minha direção, então fiz um desvio, mas acabei arrancando o retrovisor de um dos veículos estacionados", diz.

Para ele, a decisão de deixar um bilhete com seu contato não teve nada de louvável, sendo absolutamente normal. "É a atitude mais normal possível, se fosse o contrário gostaria que a pessoa fizesse, fiz o que gostaria que fizessem comigo", afirma Sandro.