Topo

Jovem é condenada a 30 anos de prisão por planejar morte de namorado, dono de academias

Elen foi presa em novembro de 2015 e poderá recorrer em liberdade da sentença - Reprodução/Facebook
Elen foi presa em novembro de 2015 e poderá recorrer em liberdade da sentença Imagem: Reprodução/Facebook

Colaboração para o UOL

21/07/2017 09h43

Elen Cristina Curi, 24, foi condenada pela 1ª Vara criminal de Nova Iguaçu (RJ) a 30 anos de prisão por ter planejado a morte de Felipe Lavinas, que era dono de duas academias na Baixada Fluminense.

A sentença proferida pela Justiça permite que Elen possa recorrer em liberdade. Ela foi condenada por ser a mandante do crime de latrocínio e facilitar a entrada dos assassinos na casa de Felipe.

Luigi Sirino dos Santos foi condenado a 20 anos de prisão em regime fechado por ter sido considerado um dos cúmplices do crime.

A juíza responsável pelo caso justificou a condenação desta forma: “Considerando-se as circunstâncias do delito, tendo sido praticado da forma mais vil possível, eis que a ré, valendo-se do sentimento nutrido pela vítima por ela, aproveitou da sua condição de namorada, revelando personalidade desprezível, execrável, a ela coube dar toda a intimidade da vítima e a deixar vulnerável para que ao final fosse largado em uma calçada, com três tiros na nuca”, escreveu a juíza, que foi ainda além.

“Com frieza arquitetou toda ação criminosa, desde os atos preparatórios, devendo, por tais motivos, a pena base ser fixada acima do mínimo legal”.

Elen foi presa em novembro de 2015 por policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) acusada de ter participado do latrocínio (matar para roubar), um mês antes.

No depoimento, ela se disse vítima de um sequestro no dia da morte do namorado, sendo vendada e agredida pelos autores do crime, três homens armados que chamaram o empresário pelo nome quando renderam o casal - tudo na versão de Elen.

Na mesma ocasião, ela se beneficiou de um habeas corpus e deixou a cadeia, mas foi detida novamente em janeiro do ano passado. Luigi também foi preso. Porém, mais um habeas corpus fez Elen sair da cadeia em maio do mesmo ano.

Outro lado

Daniell Roriz, um dos advogados de Elen, reagiu com “indignação e surpresa” à condenação. A defesa ressalta primeiro que a decisão foi contrária à recomendação do Ministério Público – que pediu pela absolvição da ré por falta de provas.
 
Roriz afirma ainda que um dos adolescentes envolvidos no crime isentou Elen de responsabilidade em depoimento em juízo – antes, teria sido coagido a acusá-la de participação no caso.
 
O advogado também refuta um argumento da acusação de que Elen teria se beneficiado financeiramente da morte do namorado. “Eles não tinham união estável. Apresentamos os dados bancários, não houve evolução patrimonial”.
 
Roriz confirmou que a ré recorrerá em liberdade e entrará com recurso assim que a decisão for publicada no Diário Oficial. “Estamos confiantes de que ela será absolvida em segunda instância”.