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Detentos fazem rebelião e queimam colchões em cadeia de São Paulo

24.jul.2017 - CDP Pinheiros pega fogo no início da tarde desta segunda-feira - Reprodução/Globo News
24.jul.2017 - CDP Pinheiros pega fogo no início da tarde desta segunda-feira Imagem: Reprodução/Globo News

Do UOL, em São Paulo

24/07/2017 13h07Atualizada em 24/07/2017 18h29

Detentos do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, fizeram uma rebelião no fim da manhã desta segunda-feira (24). Eles atearam fogo em colchões e cobertas. Dos quatro pátios internos do local, três foram incendiados, segundo a GloboNews.

A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) informou, por meio de nota, que presos se envolveram em "ato de indisciplina, ateando fogo em colchões". O Grupo de Intervenção Rápida da secretaria foi acionado e entrou na unidade para restabelecer a ordem.

Segundo a SAP, ninguém foi feito refém. Também não há registro de feridos graves - os detentos que se machucaram foram atendidos na própria enfermaria do CDP. Por volta das 13h30, o fogo foi controlado. Agentes de segurança colocaram detentos sentados nos pátios, com as mãos na cabeça, para averiguação.

A SAP ainda não sabe o motivo da rebelião, mas informou que os presos fizeram um buraco entre os pavilhões 1 e 4. Ainda segundo a Secretaria, 13 novos detentos oriundos de delegacias de polícia entrariam hoje no Centro, mas devido à rebelião, foram remanejados para outras unidades prisionais.

A SSP (Secretaria da Segurança Pública) não vai falar sobre o assunto. Enquanto o incêndio acontecia, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) bloqueou a pista local da marginal Pinheiros, que fica ao lado do CDP. Com receio de possíveis fugas, a PM fez um cerco preventivo no local.

Pelas imagens da emissora de TV fechada, era possível ver os detentos atirando objetos para manter as chamas acesas.

Com capacidade para 521 pessoas, o CDP Pinheiros tinha 1.383 homens, segundo dados da SAP. Nos quatro prédios, estão detentos que ainda aguardam por uma audiência e julgamento da Justiça.