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Homem chuta cachorro deitado e enfurece moradores de cidade de SC; assista

Cachorro chamado Tortinho vive na rua e foi adotado há 10 anos pela família Müller - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Cachorro chamado Tortinho vive na rua e foi adotado há 10 anos pela família Müller
Imagem: Arquivo Pessoal

Demétrio Vecchioli

Colaboração para o UOL

06/09/2017 17h17

O que leva uma pessoa a tomar distância, correr e chutar um cachorro que estava deitado, como se batesse um tiro de meta? É essa a pergunta que intriga e enfurece os moradores de Lages, cidade catarinense que faz divisa com o Rio Grande do Sul. Na terça-feira (5), um homem não identificado agrediu um cão em frente a uma padaria.

As imagens feitas pelas câmeras de segurança do estabelecimento ganharam as redes sociais. A violência gratuita ainda deixa os donos do estabelecimento comercial sem resposta, um dia depois do caso.

O cão, chamado Tortinho, vive na rua, mas foi adotado há cerca de 10 anos pela família Müller. Eles são proprietários de lanchonete, panificadora e confeitaria de mesmo nome. O comércio está localizado em uma avenida movimentada de Lages. “Ele sempre fica na padaria, circulando. É muito dócil”, garante Deise Müller.

Na terça-feira à tarde, o cachorro estava deitado na calçada quando um homem com uma camisa antiga do Fluminense o viu, acelerou e deu um chute forte na barriga do cachorro. Depois, continuou tentando acertá-lo outras vezes. Até que Cesário Müller, pai de Deise e dono da padaria, apareceu para defender o cachorro.

As imagens mostram os dois homens discutindo, depois trocando tentativas de socos, até que o agressor decide fugir. “Ele já veio lanchar aqui na padaria, mas como cliente normal. Foi atendido, normal, saiu, então a gente não entende por que ele fez isso”, diz Deise.

Após o vídeo repercutir, um cliente que tem um estabelecimento por perto foi até a padaria e levou um boletim de ocorrência com o nome que seria do agressor. Confrontando as imagens das câmeras, o cliente concluiu que trata-se do mesmo homem.

O boletim de ocorrência é referente a uma briga política de 2012. “A impressão que a gente fica é que ele teve algum problema mental, só pode ser”, argumenta a dona de Tortinho. Se condenado por maus-tratos, o agressor pode ficar até um ano preso.