Com ajuda das Forças Armadas, Rio diz que prendeu 117 pessoas em 2 meses
O reforço das Forças Armadas no policiamento do Rio de Janeiro, que completou dois meses na quinta-feira (28), resultou na prisão de 117 presos e na apreensão de 26 fuzis, além de 2,2 toneladas de maconha, segundo balanço divulgado pela Seseg (Secretaria de Segurança Pública) nesta sexta-feira (29).
O governo também não divulgou qual foi o total gasto com a presença de cerca de 10 mil agentes federais no Rio durante o período.
Em julho, o governo federal autorizou o uso das Forças Armadas para fazer a segurança pública do Estado do Rio até o final deste ano. O ministro Raul Jungmann (Defesa), porém, já afirmou que a tropas devem ficar até o fim de 2018, quando termina o mandato do presidente Michel Temer (PMDB).
Durante o balanço também foram divulgados dados sobre as operações na favela da Rocinha, na zona sul. Nesta sexta-feira, os militares deixaram a comunidade após um cerco de uma semana. A região é palco de um confronto entre traficantes rivais que deixou ao menos quatro mortos.
De acordo com a Polícia Civil, 81 criminosos foram identificados na Rocinha, 54 mandados de prisão foram expedidos e outros 11 mandados de prisão foram cumpridos.
Questionado sobre a fuga de Rogério 157, pivô da crise na favela, mesmo com 950 militares cercando o local, o brigadeiro Ricardo José Campos respondeu que as ações ocorreram “de acordo com o planejado”.
O secretário de segurança, Roberto Sá, por sua vez, considerou a atuação integrada do Estado e da União “muito positiva”.
Segundo Sá, a saída dos militares da Rocinha foi “uma decisão do Ministério da Defesa, respeitada pela Secretaria de Segurança”.
Tiroteio, morte e tortura na Rocinha
Apesar do discurso oficial de que a situação na comunidade teria sido estabilizada, houve novo tiroteio na noite de quinta-feira.
De acordo com a PM, militares do Batalhão de Choque trocaram tiros com seis homens "fortemente armados". Um suspeito foi atingido e encaminhada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento da Localidade), mas acabou morrendo.
No mesmo dia, dois adolescentes de 16 anos foram torturados por traficantes em um dos becos da Rocinha por suspeitarem que eles pertencessem a um grupo rival, segundo a polícia.
Os confrontos na Rocinha se intensificaram depois de uma tentativa de invasão, em 17 de setembro, quando criminosos leais ao ex-chefe do tráfico Antônio Bonfim Lopes, o Nem, atacaram o bando de Rogério Avelino da Silva, o Rogério Avelino da Silva, que passou a ditar as ordens na favela após a prisão do antecessor, em 2011.
O objetivo de Nem, que cumpre pena em Porto Velho (RO), é retomar o controle das bocas de fumo. Mesmo detido e fora do Estado, ele continua a dar ordens na quadrilha. Já o ex-aliado e agora rival, Rogério 157, está foragido e é procurado pela polícia.
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