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Polícia e Forças Armadas cercam quatro morros no centro do Rio

Do UOL, no Rio

27/10/2017 06h09Atualizada em 27/10/2017 12h10

As Forças Armadas e as polícias do Estado do Rio de Janeiro realizam nesta sexta-feira (27) uma operação para reprimir o tráfico de drogas nas favelas São Carlos, Zinco, Querosene e Mineira, na região central da capital fluminense.

Segundo o CML (Comando Militar do Leste), 1.700 militares e dez carros blindados das Forças Armadas participam do cerco às comunidades. As polícias Militar e Civil ainda não divulgaram o efetivo.

Algumas ruas estão parcialmente interditadas, e o espaço aéreo está controlado, com restrições para aeronaves civis. Inicialmente, a ação não está influenciando o tráfego nos aeroportos.

Os agentes tentam cumprir mandados de prisão contra traficantes que, de acordo com as investigações, participaram da tentativa de invasão na Rocinha, em 17 de setembro. A quadrilha que atua no São Carlos é aliada ao ex-chefe da Rocinha Antônio Bonfim Lopes, o Nem, que cumpre pena na penitenciária federal de Rondônia.

Desde o mês passado, mesmo detido, Nem tenta derrubar o seu principal oponente, Rogério Avelino da Silva, Rogério 157, e reassumir o controle das bocas de fumo da Rocinha. Rogério assumiu o comando do crime na comunidade após a prisão do antecessor, em 2011.

O papel das Forças Armadas na operação é cercar as favelas e controlar os acessos - checando documentos e tentando impedir que suspeitos procurados saiam da região ou recebam reforços de outros criminosos de fora das favelas. Enquanto isso acontece, forças policiais entram na área para tentar realizar prisões e apreensões.

Os militares também estão fornecendo informações de inteligência para apoiar os policiais.