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Interventor nomeará general da ativa para chefiar Secretaria da Segurança no Rio

O general Walter Braga Netto, comandante do CML (Comando Militar do Leste) e interventor federal no Rio -  Pedro Ladeira/Folhapress
O general Walter Braga Netto, comandante do CML (Comando Militar do Leste) e interventor federal no Rio Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Luis Kawaguti

Do UOL, no Rio

22/02/2018 20h58Atualizada em 23/02/2018 08h01

O general Walter Souza Braga Netto, interventor da segurança no Rio de Janeiro, deverá nomear um general da ativa para ocupar o cargo de Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro.

O UOL apurou que quatro nomes estão sendo cogitados para o cargo. O mais cotado é o do general Richard Fernandes Nunes. Ele nasceu no Rio de Janeiro e chefiou a força de ocupação militar do Complexo da Maré entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2015.

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Nunes é um oficial da arma de artilharia, comandou uma Brigada de Infantaria em Santa Catarina e também chefiou a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército.

A intervenção na Segurança Pública do Rio vai reduzir a violência no Estado?

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O general também é bacharel em direito e fez curso de MBA na Fundação Getúlio Vargas.

Na quarta-feira, Nunes foi promovido a general de divisão, três estrelas, o segundo mais alto posto do Exército. A oficialização ocorrerá no dia 31 de março. Segundo fonte ouvida pelo UOL, ele é muito prestigiado no Exército.

A chefia da Secretaria de Segurança está vaga desde segunda-feira (19), quando o então secretário Roberto Sá foi exonerado. Ele havia entregado o cargo na sexta-feira (16), quando o decreto de intervenção federal foi assinado pelo presidente Michel Temer.

Mudanças

Uma das tarefas prioritárias do interventor está sendo estudar possíveis mudanças na gestão e na organização dos órgãos de segurança pública do Estado.

Braga Netto deve colocar nomes de confiança em posições estratégicas e, em paralelo, tentar afastar policiais e administradores corruptos ou ineficientes. Mas terá que fazer isso sem perder a confiança da polícia.

O interventor também deverá melhorar a gestão financeira, a administração e a integração dos órgãos de segurança pública do Estado.

Braga Netto é descrito por militares próximos como um conciliador - característica que pode ajudar nessas tarefas. Mas ele não tomará as decisões sozinho: suas decisões devem ter o apoio da cúpula das Forças Armadas.